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TRAGÉDIA NOS EUA
Segundo reportagem da rede CNN, médico relatou que prática ocorreu em hospital de Nova Orleans
Eutanásia durante Katrina é investigada
DA REDAÇÃO
O Departamento da Justiça do
Estado da Louisiana está investigando denúncias de que funcionários de um hospital em Nova
Orleans realizaram eutanásia em
pacientes três dias após o furacão
Katrina ter atingido a cidade, segundo informou a rede CNN.
Um médico do hospital foi entrevistado pelo canal de TV americano e disse que, embora não tenha testemunhado nenhum caso
de eutanásia, "a maioria das pessoas sabe que aconteceu algo que
não deveria ter acontecido".
Frank Minyar, legista de Orleans Parish, um distrito da cidade, disse que investigadores relataram que a eutanásia pode ter sido praticada no hospital. O Departamento da Justiça da Louisiana pedirá que os 45 corpos retirados do hospital após a passagem
do Katrina passem por autópsia.
De acordo com o relato dado
pelo médico Bryant King à CNN,
sem energia para manter os equipamentos ligados, a equipe do
hospital só podia realizar o atendimento básico. Operações de remoção eram esporádicas -apenas botes ou helicópteros chegavam ocasionalmente para recolher alguns pacientes.
Segundo Bryant King, um colega mencionou uma conversa com
uma pessoa da administração do
hospital e um médico que, na ocasião, defendeu a prática da eutanásia. Cerca de três horas depois
do relato feito pelo colega de King,
uma área do hospital foi ocupada
por pacientes e dois médicos, incluindo o que citou a possibilidade de realizar eutanásia.
Um membro da administração,
também presente, perguntou às
pessoas no local se elas queriam
participar de uma oração. Logo
depois, um dos médicos chegou
com seringas.
King relata que não sabia qual
era o conteúdo das seringas. Ele
declarou que decidiu deixar o
hospital em um dos botes a partir
daquele momento.
No começo deste mês, investigadores de Nova Orleans pediram
a King que contasse novamente o
que testemunhara. A CNN afirma
que entrou em contato com o médico que teria proposto eutanásia,
mas ele não quis comentar o caso,
segundo a rede.
Documentário
O cineasta Spike Lee afirmou
que irá a Nova Orleans com o objetivo de gravar imagens para um
documentário sobre a relação entre política, raça e a passagem do
Katrina. Lee diz que fará "jornalismo factual". Washington sofreu acusações de que o lento socorro às vítimas ocorreu porque a
maioria delas era negra e pobre.
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