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TRAGÉDIA NA ÁSIA
ONU pede mais ajuda a vítimas do terremoto
DA REDAÇÃO
Embora a ONU tenha anunciado ontem que as doações de diversos países aos sobreviventes ao
terremoto que atingiu o sul da
Ásia no último final de semana
chegaram a US$ 165 milhões, o
subsecretário-geral da entidade,
John Egeland, sinalizou que os esforços não são suficientes.
"Eu temo que estejamos perdendo a corrida contra o relógio
nos pequenos vilarejos", disse
Egeland, que também é coordenador da área de ajuda humanitária da ONU, sobre a situação dos
sobreviventes no Paquistão, país
mais atingido pelo sismo.
Egeland sobrevoou ontem a cidade de Muzaffarabad, capital da
Caxemira paquistanesa, local do
epicentro do terremoto. No vôo, o
coordenador da ONU constatou
que milhões de pessoas ainda precisam de comida, remédios, abrigo e lençóis.
"Eu nunca havia visto tamanha
devastação antes", disse Egeland.
O coordenador da ONU pediu
que os doadores internacionais
providenciassem mais helicópteros e tendas.
Além da dificuldade que as
equipes de assistência têm para
chegar aos locais mais remotos e
da insuficiência de recursos para
os sobreviventes, um outro tremor, de 5,6 graus na escala Richter, que atingiu anteontem o Paquistão, apavorou pessoas e prejudicou os trabalhos de resgate.
Em Muzaffarabad, socorristas
que tentavam resgatar uma mulher de 22 anos presa em escombros tiveram de interromper o
trabalho em razão do tremor secundário. Quando voltaram ao
local, a mulher havia morrido.
A Cruz Vermelha informou que
a destruição nos dois vales próximos a Muzaffarabad pode ser
maior do que a ocorrida na própria cidade, que teve 70% de suas
edificações destruídas.
O número oficial de mortos pelo terremoto já chegou a 25 mil, e
63 mil pessoas estão feridas.
Os esforços para socorrer os sobreviventes ao terremoto envolveram até um médico que já cuidou do terrorista Osama bin Laden, líder da rede Al Qaeda. O médico paquistanês Amer Aziz está
trabalhando num dos hospitais
improvisados em Muzaffarabad.
Aziz, um cirurgião ortopedista
treinado no Reino Unido, foi detido depois do 11 de Setembro, suspeito de ligação com terroristas,
mas foi solto posteriormente.
Atentado
Na porção indiana da Caxemira, a polícia informou que uma
mulher-bomba se explodiu perto
de um comboio militar. Segundo
um grupo de militantes, cinco soldados indianos morreram, mas o
Exército da Índia negou.
Vários grupos de rebeldes islâmicos lutam pela independência
da Caxemira em relação à Índia,
na fronteira com o Paquistão.
Cm agências internacionais
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