São Paulo, sábado, 14 de outubro de 2006

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ONU aprova sul-coreano como novo líder

Aclamado pela Assembléia para suceder Annan, Ban Ki-Moon diz que prioridade é reforma da organização

DA REDAÇÃO

A Assembléia Geral da ONU elegeu ontem, por aclamação, o ministro de Relações Exteriores sul-coreano, Ban Ki-Moon, como seu novo secretário-geral. Ban, 62, assumirá o lugar do ganense Kofi Annan no primeiro dia de 2007, para um mandato de cinco anos.
A aclamação confirma decisão tomada pelo Conselho de Segurança na última segunda, quando seus membros aprovaram resolução recomendando que Ban fosse eleito -a indicação nunca foi rejeitada. Os demais candidatos, todos da Ásia -região de onde deveria vir o novo secretário, pelo sistema de rotatividade-, já haviam retirado suas candidaturas.
A eleição de Ban ocorre em meio à crise causada pelo teste nuclear da Coréia do Norte. Ele já afirmou que pretende ir a Pyongyang para negociar. Como ministro e, anteriormente, como assessor da Presidência sul-coreana para assuntos internacionais, Ban tinha como um dos principais focos do seu trabalho as tensas relações com o país vizinho. Além disso, já presidiu a comissão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, em 1999.
O eleito terá como uma de suas principais missões implementar reformas na organização, que recebe críticas de ineficiência e pouca representatividade de países membros.
Em discurso, Kofi Annan definiu o sucessor como "excepcionalmente sintonizado com a sensibilidade dos países" e "um homem com um pensamento verdadeiramente global". Ban prometeu trabalhar para que a organização "cumpra suas promessas". "A verdadeira medida do êxito da ONU não estará no que prometermos, mas no que fizermos." Disse que hoje "se precisa da ONU mais do que nunca" e prometeu trabalhar pela reforma da organização.
A presidência da União Européia saudou "calorosamente" a eleição de Ban e "seus esforços para reformar a ONU, (...) uma prioridade para melhorar a capacidade da organização de cumprir seus objetivos com eficácia". O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, afirmou que Ban "é a pessoa certa para liderar a organização neste momento decisivo". Em nota, o governo brasileiro disse acreditar que o sul-coreano trabalhará "com equilíbrio e firmeza".


Com agências internacionais


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