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TERROR
Analistas temem que doença erradicada em 1980 seja usada como arma por terroristas; população não será vacinada
Bush e militares serão vacinados contra a varíola
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, anunciou ontem que
seu governo vai vacinar soldados
americanos e alguns civis, incluindo ele próprio, contra a varíola. A doença foi declarada erradicada em 1980, mas se teme que
possa ser usada como arma biológica por terroristas.
"Nosso governo não tem nenhuma informação de que um
ataque com o vírus da varíola seja
iminente, mas é prudente nos
prepararmos para a possibilidade
de que terroristas que matam indiscriminadamente usem doenças como armas", disse Bush.
O plano deve começar com a vacinação de cerca de 1 milhão de
soldados e trabalhadores dos serviços de assistência médica e, depois, ser expandido para incluir
milhões de pessoas que trabalham em serviços de emergência.
Bush disse que as vacinações começariam com militares e outros
funcionários do governo americano em regiões de alto risco.
"Como comandante-em-chefe,
não creio que possa pedir a outros
que aceitem esse risco a menos
que eu esteja disposto a fazer o
mesmo. Portanto, receberei a vacina junto com nossos militares."
Mas Bush disse que nem sua família nem sua equipe receberiam
a vacina porque funcionários do
equivalente americano ao Ministério da Saúde não acham que a
vacinação seja necessária para a
população em geral.
"No momento, o caminho responsável é fazer preparações cuidadosas e completas se um programa mais amplo de vacinação
for necessário no futuro", disse
Bush. "Pode haver cidadãos que
insistam em ser vacinados agora.
Nossas agências de saúde trabalharão para acomodá-los."
O último episódio de varíola
contraída naturalmente ocorreu
em 1978, e os EUA pararam de vacinar seus cidadãos contra a
doença em 1972. Mas analistas temem que o Iraque, a Coréia do
Norte e grupos terroristas tenham
conseguido transformar a varíola
em uma arma biológica.
Bush afirmou que o vírus da varíola ainda existe em laboratórios.
"Acreditamos que regimes hostis
aos EUA podem possuir esse perigoso vírus", disse.
Efeitos colaterais da vacina contra varíola podem causar a morte
de uma ou duas pessoas a cada 1
milhão de vacinadas.
Com agências internacionais
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