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Entenda
a crise
da Redação
Por duas vezes, o general
Lino Oviedo viu frustrados
seus esforços de chegar ao
poder. Em 96, o golpe liderado por ele fracassou. No
ano passado, candidato a
presidente, Oviedo, que encabeçava as pesquisas, foi
tirado da corrida eleitoral
após ser condenado por comandar o levante militar.
Seu então candidato a vice, Raúl Cubas Grau, catapultado a presidenciável,
acabou vencendo as eleições valendo-se do respaldo
popular de Oviedo.
Logo que assumiu o posto, Cubas tratou de indultar
seu amigo pessoal, que estava detido havia nove meses.
No início do mês, a Justiça
paraguaia considerou inconstitucional o indulto e
exigiu que o presidente decretasse um mandato de
prisão contra o golpista.
Cubas, porém, já deu indícios de que não vai enviar
seu aliado de volta à prisão.
É nesse choque entre Judiciário e Executivo que Oviedo agora interfere, pedindo
a renúncia dos juízes da Suprema Corte paraguaia.
A tropa de choque oviedista trata de trazer para o
ringue o Legislativo -foram partidários do general
que provocaram uma paralisação, na semana passada,
do Congresso. Os deputados suspenderam os trabalhos temendo um ataque da
multidão que cercava o prédio do Parlamento.
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