São Paulo, segunda, 14 de dezembro de 1998

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Entenda a crise

da Redação

Por duas vezes, o general Lino Oviedo viu frustrados seus esforços de chegar ao poder. Em 96, o golpe liderado por ele fracassou. No ano passado, candidato a presidente, Oviedo, que encabeçava as pesquisas, foi tirado da corrida eleitoral após ser condenado por comandar o levante militar.
Seu então candidato a vice, Raúl Cubas Grau, catapultado a presidenciável, acabou vencendo as eleições valendo-se do respaldo popular de Oviedo.
Logo que assumiu o posto, Cubas tratou de indultar seu amigo pessoal, que estava detido havia nove meses.
No início do mês, a Justiça paraguaia considerou inconstitucional o indulto e exigiu que o presidente decretasse um mandato de prisão contra o golpista.
Cubas, porém, já deu indícios de que não vai enviar seu aliado de volta à prisão.
É nesse choque entre Judiciário e Executivo que Oviedo agora interfere, pedindo a renúncia dos juízes da Suprema Corte paraguaia.
A tropa de choque oviedista trata de trazer para o ringue o Legislativo -foram partidários do general que provocaram uma paralisação, na semana passada, do Congresso. Os deputados suspenderam os trabalhos temendo um ataque da multidão que cercava o prédio do Parlamento.



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