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QUEDA DE BRAÇO
Siga a lei ou deixe o país, diz China a Google
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
O governo chinês afirmou ontem que "a internet na China é aberta" e
que "empresas estrangeiras que queiram desenvolver negócios de internet
precisam seguir a lei", dois
dias após o Google ameaçar abandonar o país por
infiltração em seu código
de segurança.
As afirmações foram feitas na coletiva semanal do
Ministério de Relações
Exteriores pela porta-voz
Jiang Yu, que não respondeu às acusações de que
hackers chineses atacaram o e-mail de ativistas
de direitos humanos.
"A ciberpirataria e o ataque a sites feito por hackers são proibidos na China", disse a porta-voz.
Tanto o Google como o
Departamento de Estado
americano disseram esperar respostas do governo
chinês. Um porta-voz da
Casa Branca disse que a
"invasão do Google atribuída à China é problemática" e que os EUA apoiam
a decisão da empresa de
pôr fim à censura de suas
buscas -o que pode leva-la a ser expulsa do país.
Em entrevista publicada
na página do Conselho de
Estado chinês, o ministro
da Informação, Wang
Chen, disse que "a mídia
da internet tem o dever de
guiar a opinião pública,
fornecer opinião positiva e
verificar a divulgação de
dados que ameacem a segurança nacional".
Pela primeira vez desde
as acusações, jornais estatais chineses divulgaram
as ameaças do Google, dizendo que se trata de estratégia para a retirada
após "fracasso no mercado
chinês". O site Baidu.com,
que copia o mecanismo da
Google, detém 63% do
mercado local de buscas.
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