São Paulo, sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

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QUEDA DE BRAÇO

Siga a lei ou deixe o país, diz China a Google

RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM

O governo chinês afirmou ontem que "a internet na China é aberta" e que "empresas estrangeiras que queiram desenvolver negócios de internet precisam seguir a lei", dois dias após o Google ameaçar abandonar o país por infiltração em seu código de segurança.
As afirmações foram feitas na coletiva semanal do Ministério de Relações Exteriores pela porta-voz Jiang Yu, que não respondeu às acusações de que hackers chineses atacaram o e-mail de ativistas de direitos humanos.
"A ciberpirataria e o ataque a sites feito por hackers são proibidos na China", disse a porta-voz.
Tanto o Google como o Departamento de Estado americano disseram esperar respostas do governo chinês. Um porta-voz da Casa Branca disse que a "invasão do Google atribuída à China é problemática" e que os EUA apoiam a decisão da empresa de pôr fim à censura de suas buscas -o que pode leva-la a ser expulsa do país.
Em entrevista publicada na página do Conselho de Estado chinês, o ministro da Informação, Wang Chen, disse que "a mídia da internet tem o dever de guiar a opinião pública, fornecer opinião positiva e verificar a divulgação de dados que ameacem a segurança nacional".
Pela primeira vez desde as acusações, jornais estatais chineses divulgaram as ameaças do Google, dizendo que se trata de estratégia para a retirada após "fracasso no mercado chinês". O site Baidu.com, que copia o mecanismo da Google, detém 63% do mercado local de buscas.


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