São Paulo, Sexta-feira, 15 de Janeiro de 1999
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UE
Órgão executivo será investigado; Jacques Santer sai enfraquecido
Parlamento rejeita censura à Comissão Européia e evita crise

das agências internacionais

Deputados do Parlamento Europeu decidiram ontem em Estrasburgo manter a atual composição da Comissão Européia, apesar de denúncias de fraude e nepotismo contra 2 de seus 20 membros.
A moção de censura contra o órgão executivo da União Européia foi rejeitada por 293 votos a 232. Se aprovada, uma nova comissão teria de ser nomeada.
Os deputados, entretanto, aprovaram por 315 a 198 votos a abertura de uma investigação sobre como a comissão lida com suspeitas de fraude, má administração e nepotismo. Um relatório deve ser apresentado em 15 de março.
Os dois membros da comissão suspeitos de irregularidades pertencem à bancada socialista, a maior do Parlamento.
Deputados favoráveis à moção de censura disseram que, apesar do resultado, o órgão presidido por Jacques Santer deve ter o prestígio e a capacidade de ação comprometidos nos 11 meses em que ainda permanecerá no poder.
"É um tapa na cara de Santer", disse o Partido Verde em comunicado. "Apesar de ter sobrevivido formalmente à votação, ele agora lidera uma "comissão-zumbi'".
O voto de censura foi proposto pelos próprios socialistas, com a expectativa de que a proposta fosse facilmente derrotada. Mas a idéia de censura vinha ganhando apoio desde o início da semana.
No final, alguns deputados recuaram sob a justificativa de que a comissão tem tarefas importantes a exercer. O bloco de 15 países, que acaba de lançar o euro, moeda única européia, tem de definir até março reformas financeiras em preparação para a admissão de novos membros.


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