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UE
Órgão executivo será investigado; Jacques Santer sai enfraquecido
Parlamento rejeita censura à Comissão Européia e evita crise
das agências internacionais
Deputados do Parlamento Europeu decidiram ontem em Estrasburgo manter a atual composição
da Comissão Européia, apesar de
denúncias de fraude e nepotismo
contra 2 de seus 20 membros.
A moção de censura contra o órgão executivo da União Européia
foi rejeitada por 293 votos a 232. Se
aprovada, uma nova comissão teria de ser nomeada.
Os deputados, entretanto, aprovaram por 315 a 198 votos a abertura de uma investigação sobre como a comissão lida com suspeitas
de fraude, má administração e nepotismo. Um relatório deve ser
apresentado em 15 de março.
Os dois membros da comissão
suspeitos de irregularidades pertencem à bancada socialista, a
maior do Parlamento.
Deputados favoráveis à moção
de censura disseram que, apesar
do resultado, o órgão presidido
por Jacques Santer deve ter o prestígio e a capacidade de ação comprometidos nos 11 meses em que
ainda permanecerá no poder.
"É um tapa na cara de Santer",
disse o Partido Verde em comunicado. "Apesar de ter sobrevivido
formalmente à votação, ele agora
lidera uma "comissão-zumbi'".
O voto de censura foi proposto
pelos próprios socialistas, com a
expectativa de que a proposta fosse
facilmente derrotada. Mas a idéia
de censura vinha ganhando apoio
desde o início da semana.
No final, alguns deputados recuaram sob a justificativa de que a
comissão tem tarefas importantes
a exercer. O bloco de 15 países, que
acaba de lançar o euro, moeda única européia, tem de definir até
março reformas financeiras em
preparação para a admissão de novos membros.
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