São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

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Funcionário dos EUA vê "Velho Oeste" no Iraque

DA REDAÇÃO

A autoridade americana de ocupação do Iraque adotou uma abordagem caótica, do "Velho Oeste", ao fazer contratos no país, abrindo o sistema para abusos e desperdício, afirmou Franklin Willis, ex-membro da Autoridade Provisória da Coalizão.
Em audiência no Senado dos EUA, Willis mostrou uma foto em que aparece com outros funcionários americanos segurando "tijolos" de notas de US$ 100 envoltas em plástico, num total de US$ 2 milhões, para pagar a empresa de segurança Custer Battles.
Desde então, o Departamento da Defesa suspendeu o contrato com a empresa por suspeita de superfaturamento.
"Funcionários inexperientes, medo de tomar decisões, falta de comunicação, segurança mínima, falta de bancos e muito dinheiro para espalhar por aí. Trata-se do caos que chamei de Velho Oeste."
Os democratas pediram audiêncais no Congresso sobre o que eles afirmam ser um padrão de abuso em contratos no Iraque. Auditorias feitas no mês passado criticaram duramente o gerenciamento, pela Autoridade Provisória da Coalizão, de mais de US$ 20 bilhões em fundos do Iraque.
O porta-voz do Departamento da Defesa, coronel Joe Yoswa, afirmou que a Autoridade Provisória da Coalizão operou sob condições de extrema dificuldade. "Buscamos gerenciamento legítimo, transparência e vigilância."
Advogado de dois denunciantes no caso da Custer Battles, Alan Grayson afirmou que seus clientes gostariam de testemunhar na audiência, mas ficaram amedrontados demais para irem, por causa de ameaças de morte e por temerem retaliação do governo de George W. Bush.
"Em nosso caso, a administração Bush não levantou um dedo para recuperar dezenas de milhares de dólares que nossos denunciantes afirmam terem sido roubados do governo", disse.


Com agências internacionais


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