São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Iêmen vive quarto dia seguido de protestos

Confrontos ferem 5; revolta atinge Bahrein

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Manifestantes inspirados pelas bem-sucedidas insurreições na Tunísia e no Egito foram ontem às ruas de Sanaa, capital do Iêmen, pelo quarto dia consecutivo para exigir a saída do ditador Ali Abdullah Saleh, um militar aliado dos Estados Unidos no poder desde 1978.
Centenas de estudantes, militantes de direitos humanos e advogados vestindo togas marcharam em várias partes da capital ostentando cartazes antigoverno e gritando palavras de ordem como "Ei, Ali, cai fora".
No campus da Universidade de Sanaa, manifestantes foram agredidos por simpatizantes do regime vestidos à paisana, armados com pedras, porretes e garrafas de vidro quebradas e comandados pelo governo, segundo ONGs de direitos humanos.
A polícia separou os grupos após confrontos que fizeram ao menos cinco feridos.
Pressionado, Saleh já anunciou que não concorrerá à reeleição no pleito de 2013 nem tentará emplacar seu filho como sucessor. O ditador também anunciou incentivos econômicos à população no país que é o mais pobre do mundo árabe.
Líderes oposicionistas receberam bem as medidas e iniciaram diálogo com Saleh. Mas a base militante antigoverno rejeita as conversas.
As revoltas tunisiana e egípcia incentivaram protestos em outros países.
No Bahrein, que viveu ontem os primeiros protestos desde o início da atual revolta árabe, a polícia usou balas de borracha contra manifestantes na capital, Manama. Segundo relatos, uma pessoa morreu. No Iraque, manifestantes cobraram mais eficiência do governo.


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