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São Paulo, sábado, 15 de março de 2003

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IRAQUE NA MIRA

Milhares são esperados pelos organizadores em mais de uma dezena de países; maior ato deve ser em Washington

Grupos convocam protestos contra guerra

DA REDAÇÃO

Centenas de milhares de pessoas devem protestar hoje em dezenas de países contra uma possível guerra ao Iraque, um mês depois de a mesma causa ter levado pelo menos 5 milhões de manifestantes às ruas do mundo todo.
Contudo, diferentemente dos protestos do dia 15 de fevereiro, que não tinham um centro geográfico, a maior parte dos atos de hoje está sendo convocada em apoio a uma grande marcha em Washington, para a qual ônibus saídos de praticamente todos os Estados dos EUA devem levar milhares de manifestantes.
Outro evento que deve reunir um grande número de pessoas é uma manifestação pacifista na Grécia, que coincidirá com uma reunião de ministros da Defesa da União Européia que está acontecendo desde ontem em Vouliagmeni (sul de Atenas), para decidir sobre a substituição da forças de manutenção da paz da Otan (aliança militar ocidental) na Macedônia por uma européia.
Já ontem, cerca de 2.000 pessoas protestaram diante da sede do Ministério da Defesa em Atenas contra a participação da Grécia em um eventual ataque.
Estão previstos atos também em San Francisco, Los Angeles e diversas cidades de Austrália, Canadá, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Japão, Dinamarca, Chipre, Jordânia, entre outros países. Manifestações estão marcadas ainda no Brasil, no México, na Argentina, na Nicarágua, no Equador e no Peru.

Paralisação
Milhões de trabalhadores europeus fizeram uma paralisação de 15 minutos ao meio-dia de ontem para protestar contra um ataque militar a Bagdá.
Na Alemanha, três fábricas da Volkswagen e uma da DaimlerChrysler pararam totalmente, e bondes ficaram parados em Halle (região leste do país).
Na Espanha, centenas de milhares de trabalhadores suspenderam suas atividades por 15 minutos em uma paralisação convocada pelos principais sindicatos do país contra uma guerra. Atos semelhantes ocorreram também na Itália e na Suíça.
Em Adelaide, na Austrália, o premiê John Howard teve seu carro atacado por manifestantes armados com ovos e tomates.
Na Turquia, 24 ativistas do Greenpeace se acorrentaram às rodas de um caminhão e bloquearam a entrada do porto de Iskenderun, onde forças dos EUA desembarcam equipamentos.
Na Rússia, no Quirguistão e no Egito manifestantes também protestaram contra uma possível guerra ao Iraque.


Com agências internacionais


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