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IRAQUE NA MIRA
Milhares são esperados pelos organizadores em mais de uma dezena de países; maior ato deve ser em Washington
Grupos convocam protestos contra guerra
DA REDAÇÃO
Centenas de milhares de pessoas devem protestar hoje em dezenas de países contra uma possível guerra ao Iraque, um mês depois de a mesma causa ter levado
pelo menos 5 milhões de manifestantes às ruas do mundo todo.
Contudo, diferentemente dos
protestos do dia 15 de fevereiro,
que não tinham um centro geográfico, a maior parte dos atos de
hoje está sendo convocada em
apoio a uma grande marcha em
Washington, para a qual ônibus
saídos de praticamente todos os
Estados dos EUA devem levar milhares de manifestantes.
Outro evento que deve reunir
um grande número de pessoas é
uma manifestação pacifista na
Grécia, que coincidirá com uma
reunião de ministros da Defesa da
União Européia que está acontecendo desde ontem em Vouliagmeni (sul de Atenas), para decidir
sobre a substituição da forças de
manutenção da paz da Otan
(aliança militar ocidental) na Macedônia por uma européia.
Já ontem, cerca de 2.000 pessoas
protestaram diante da sede do
Ministério da Defesa em Atenas
contra a participação da Grécia
em um eventual ataque.
Estão previstos atos também
em San Francisco, Los Angeles e
diversas cidades de Austrália, Canadá, Espanha, Reino Unido, Bélgica, Japão, Dinamarca, Chipre,
Jordânia, entre outros países. Manifestações estão marcadas ainda
no Brasil, no
México, na Argentina, na Nicarágua, no Equador e no Peru.
Paralisação
Milhões de trabalhadores europeus fizeram uma paralisação de
15 minutos ao meio-dia de ontem
para protestar contra um ataque
militar a Bagdá.
Na Alemanha, três fábricas da
Volkswagen e uma da DaimlerChrysler pararam totalmente, e
bondes ficaram parados em Halle
(região leste do país).
Na Espanha, centenas de milhares de trabalhadores suspenderam suas atividades por 15 minutos em uma paralisação convocada pelos principais sindicatos do
país contra uma guerra. Atos semelhantes ocorreram também na
Itália e na Suíça.
Em Adelaide, na Austrália, o
premiê John Howard teve seu carro atacado por manifestantes armados com ovos e tomates.
Na Turquia, 24 ativistas do
Greenpeace se acorrentaram às
rodas de um caminhão e bloquearam a entrada do porto de Iskenderun, onde forças dos EUA desembarcam equipamentos.
Na Rússia, no Quirguistão e no
Egito manifestantes também protestaram contra uma possível
guerra ao Iraque.
Com agências internacionais
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