do enviado especial

Com um currículo recheado de decisões intempestivas, Gaddafi desafia estudiosos e diplomatas a encontrar uma lógica que orientasse suas políticas. Entre as diversas suposições, a teoria do preço do petróleo, a base da economia e das exportações líbias, desponta como uma das mais prováveis explicações.
Quando o preço do produto atinge patamares elevados, Gaddafi se sentiria fortalecido para assustar e chantagear o Ocidente. A cotação em queda faria o dirigente moderar sua virulência verbal.
Muammar Gaddafi ainda dispara suas excentricidades, mas o dirigente líbio parece atingir a idade da razão. As idéias mais disparatadas e as propostas mais audaciosas ficaram para trás, como a formação de um exército mundial para combater os Estados Unidos.
Também ficaram para trás a era dos preços mais elevados do petróleo. Na semana passada, um barril atingiu a marca de US$ 12,75, enquanto em 1980, ele custava quase US$ 60, em valores corrigidos.
A produção também recua, uma das razões para Gaddafi buscar tecnologia e investimento norte-americanos. Em 1991, A Líbia produziu 72 milhões de toneladas de petróleo em 1991 e, três anos depois, 68 milhões.
Os países europeus correspondem aos principais compradores de petróleo líbio. Eles são a Itália, a antiga potência colonial, a Alemanha, a Espanha, a França e a Grécia.(JS)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice