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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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Sírios rejeitam acusações e culpam Israel

DA REDAÇÃO

A Síria voltou a negar ontem as acusações dos Estados Unidos de que o país desenvolve armas de destruição em massa e de que concede abrigo a lideranças do regime deposto do ditador Saddam Hussein.
O ditador sírio, Bashar al Assad, se reuniu ontem com um enviado britânico em Damasco e posteriormente com o chanceler da Arábia Saudita, príncipe Saud al Faisal, para discutir as acusações que têm sido feitas pelos americanos. Porém o ditador preferiu não se pronunciar, deixando a tarefa para outras autoridades.
"Nós não temos armas químicas", disse o ex-embaixador da Síria na ONU, Fayssal Mekdad. Ele acrescentou que os sírios não deram nenhuma ajuda "para facilitar a fuga de iraquianos" após o fim do regime de Saddam.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Síria, Bouthayna Shaaban, disse à rede de TV Al Jazeera, do Qatar, que os sírios pretendem dialogar com os norte-americanos.
"O problema é que todas as acusações contra a Síria vêm de Israel. E a prioridade de Israel é minar as relações entre sírios e americanos."
Segundo ela, "o secretário da Defesa dos EUA [Donald Rumsfeld] sabe que o único país da região que possui armas químicas, biológicas e nucleares é Israel".
Síria e Israel, que já se envolveram em guerras, não mantêm relações. Israel ocupa as colinas do Golã, que são um território sírio, alegando questões de segurança. E os israelenses acusam a Síria de dar apoio a grupos terroristas que agem no país.


Com agências internacionais


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