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São Paulo, terça-feira, 15 de abril de 2003

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Londres adota posição mais leve com Damasco

DA REDAÇÃO

A coalizão anglo-americana mostrou ontem sinais de racha quando o Reino Unido afirmou que não apóia um ataque à Síria como sinaliza os EUA.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou que o ideal seria manter ""o diálogo e a parceria" com o país vizinho ao Iraque.
"Tenho falado com o presidente [Bashar al] Assad, e ele me assegurou que nenhuma das acusações são verdadeiras", disse Blair, sobre as suspeitas norte-americanas que a Síria dá apóio a combatentes islâmicos contra os EUA e abrigo para partidários de Saddam Hussein em fuga.
Enquanto os EUA ameaçam com sanções, um tom conciliatório é repetido pelo gabinete britânico. Por um lado, o secretário-executivo da chancelaria, Mike O'Brien, foi enviado ontem a Damasco. Por outro, o ministro da Defesa, Geoff Hoon, reconheceu em entrevista que há "esforços que eles fizerem no passado".
Também está na região o ministro das Relações Exteriores, Jack Straw. "Quero deixar claro que a Síria não é a "próxima da lista". Não existe uma lista de próximos países, mas há importantes questões que os sírios precisam responder", disse o chanceler em Bahrein, no golfo Pérsico.
Segundo Straw, é preciso investigar se houve cooperação entre Assad e Saddam. "É muito importante para a Síria ter em conta que há uma nova realidade após o regime de Saddam e que sua postura deve refletir isso", afirmou.
Em entrevista para a rádio BBC, Straw enfatizou que Blair garantiu ao Parlamento na semana passada que não sabia de objetivos militares na Síria incluídos nos planos de ação contra Saddam.


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