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Londres adota posição mais leve com Damasco
DA REDAÇÃO
A coalizão anglo-americana
mostrou ontem sinais de racha
quando o Reino Unido afirmou
que não apóia um ataque à Síria
como sinaliza os EUA.
O primeiro-ministro britânico,
Tony Blair, afirmou que o ideal
seria manter ""o diálogo e a parceria" com o país vizinho ao Iraque.
"Tenho falado com o presidente
[Bashar al] Assad, e ele me assegurou que nenhuma das acusações são verdadeiras", disse Blair,
sobre as suspeitas norte-americanas que a Síria dá apóio a combatentes islâmicos contra os EUA e
abrigo para partidários de Saddam Hussein em fuga.
Enquanto os EUA ameaçam
com sanções, um tom conciliatório é repetido pelo gabinete britânico. Por um lado, o secretário-executivo da chancelaria, Mike
O'Brien, foi enviado ontem a Damasco. Por outro, o ministro da
Defesa, Geoff Hoon, reconheceu
em entrevista que há "esforços
que eles fizerem no passado".
Também está na região o ministro das Relações Exteriores, Jack
Straw. "Quero deixar claro que a
Síria não é a "próxima da lista".
Não existe uma lista de próximos
países, mas há importantes questões que os sírios precisam responder", disse o chanceler em
Bahrein, no golfo Pérsico.
Segundo Straw, é preciso investigar se houve cooperação entre
Assad e Saddam. "É muito importante para a Síria ter em conta que
há uma nova realidade após o regime de Saddam e que sua postura deve refletir isso", afirmou.
Em entrevista para a rádio BBC,
Straw enfatizou que Blair garantiu
ao Parlamento na semana passada que não sabia de objetivos militares na Síria incluídos nos planos de ação contra Saddam.
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