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memória
Grupo nunca exibiu prova de vida
DE REDAÇÃO
João José Vasconcellos
Jr. desapareceu em Baiji,
no norte do Iraque, quando o comboio em que estava foi emboscado. O engenheiro brasileiro de 49
anos, casado e com três filhos, trabalhava na reforma de uma usina hidrelétrica. Era 19 de janeiro de
2005. De lá até a última semana, não houve notícias
de seu paradeiro.
O grupo Esquadrões al
Mujahidin, pouco conhecido, chegou a reivindicar
a autoria do seqüestro
-havia uma onda de seqüestros de estrangeiros
no Iraque na época. Mas
nunca exibiu uma prova
de vida: em vez da imagem
do brasileiro, o vídeo que
enviaram à emissora árabe
de TV Al Jazeera continha
imagens de sua carteira de
mergulhador. Espocaram
dúvidas se realmente se
tratava de seqüestro ou se
ele havia sido morto no
ataque e o grupo tentava
tirar proveito disso.
O jogador de futebol Ronaldo, popular na região,
gravou um apelo, transmitido por outro canal árabe,
o Al Arabiya, por informações sobre o paradeiro de
Vasconcellos. Nenhuma
notícia. O Itamaraty chegou a enviar mais de uma
vez o embaixador Affonso
Celso de Ouro Preto à região em busca de dados.
Foi em vão.
Após 11 meses, a família
de Vasconcellos disse crer
que ele estivesse morto e
que estava decepcionada
com a "falta de empenho
pessoal" do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
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