São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

memória

Grupo nunca exibiu prova de vida

DE REDAÇÃO

João José Vasconcellos Jr. desapareceu em Baiji, no norte do Iraque, quando o comboio em que estava foi emboscado. O engenheiro brasileiro de 49 anos, casado e com três filhos, trabalhava na reforma de uma usina hidrelétrica. Era 19 de janeiro de 2005. De lá até a última semana, não houve notícias de seu paradeiro.
O grupo Esquadrões al Mujahidin, pouco conhecido, chegou a reivindicar a autoria do seqüestro -havia uma onda de seqüestros de estrangeiros no Iraque na época. Mas nunca exibiu uma prova de vida: em vez da imagem do brasileiro, o vídeo que enviaram à emissora árabe de TV Al Jazeera continha imagens de sua carteira de mergulhador. Espocaram dúvidas se realmente se tratava de seqüestro ou se ele havia sido morto no ataque e o grupo tentava tirar proveito disso.
O jogador de futebol Ronaldo, popular na região, gravou um apelo, transmitido por outro canal árabe, o Al Arabiya, por informações sobre o paradeiro de Vasconcellos. Nenhuma notícia. O Itamaraty chegou a enviar mais de uma vez o embaixador Affonso Celso de Ouro Preto à região em busca de dados. Foi em vão.
Após 11 meses, a família de Vasconcellos disse crer que ele estivesse morto e que estava decepcionada com a "falta de empenho pessoal" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Texto Anterior: "É uma página que vira", afirma irmã de engenheiro
Próximo Texto: Turquia: Chanceler cobra mais esforço no Iraque para conter curdos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.