São Paulo, quarta, 15 de julho de 1998

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ORIENTE MÉDIO
Para Netanyahu, Nações Unidas não têm direito de intervir
Conselho de Segurança condena expansão de Israel em Jerusalém

das agências internacionais

O Conselho de Segurança da ONU condenou Israel, na noite de segunda-feira, a suspender seu plano de ampliação dos limites que controla na cidade de Jerusalém. Israel diz que a ONU não tem o direito de intervir na questão.
"O que Israel fez em Jerusalém é uma questão puramente municipal. Não há motivo para a intervenção de órgãos internacionais. Vamos continuar a desenvolver a cidade para o benefício de todos os seus moradores", afirmou David Bar-Illan, porta-voz do premiê Binyamin Netanyahu.
O governo israelense adotou, no mês passado, um projeto de expansão dos limites da municipalidade de Jerusalém, apelidado de "Grande Jerusalém".
Israel afirma que o projeto prevê apenas o crescimento da cidade para o lado ocidental. Os palestinos dizem que o plano tem como objetivo reforçar a presença das colônias judaicas na Cisjordânia (próximas a Jerusalém).
A condenação foi adotada por todos os 15 membros do conselho, incluindo os EUA, tradicionais aliados de Israel. A medida, porém, é apenas uma advertência e não tem o peso de uma resolução. O embaixador norte-americano junto às Nações Unidas, Bill Richardson, disse que seu país teria vetado qualquer proposta de resolução contra Israel.
No texto da condenação, os países do conselho lembram que, segundo os acordos de Oslo, o status de Jerusalém deverá ser discutido ao final das negociações de paz.
Os palestinos reivindicam a parte oriental da cidade como a capital de eventual Estado seu. Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível".



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