São Paulo, quarta, 15 de julho de 1998

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REINO UNIDO
Oposição diz que medida gera inflação e mais impostos
Governo Blair anuncia mais gastos em saúde e educação

ISABEL VERSIANI
de Londres

O governo trabalhista britânico anunciou ontem um investimento adicional de US$ 68 bilhões em saúde e em educação no Reino Unido nos próximos três anos.
O ministro Gordon Brown (Fazenda) revelou os números ao esboçar o primeiro planejamento orçamentário do governo para o período 1999-2001.
Nos primeiros dois anos de mandato, a equipe do primeiro-ministro Tony Blair se ateve à limitação de gastos estabelecida pelo governo anterior, do conservador John Major.
Brown afirmou que os gastos no sistema público de saúde vão agora ter aumento de 4,7% por ano, somando um investimento extra de US$ 35,7 bilhões, um recorde para a área. No governo passado, os gastos com saúde aumentaram 2,5%, em média.
O ministro anunciou, ainda, aumento nos gastos em transporte e em alguns benefícios especiais para aposentados, como o fim da cobrança de exames de vista.
Os detalhes de como os recursos deverão ser aplicados em cada área serão anunciados ao longo dos próximos dias pelos ministros responsáveis. Brown adiantou, entretanto, que, para terem direito à verba adicional anunciada ontem, os departamentos estatais terão de obedecer a determinadas metas de eficiência.
O Partido Conservador criticou o pacote, argumentando que ele vai causar aumento de impostos e inflação. Para o parlamentar conservador responsável pela área econômica, Francis Maude, o governo de Blair estaria tentando "comprar" sua próxima eleição à custa dos contribuintes.



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