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REINO UNIDO
Oposição diz que medida gera inflação e mais impostos
Governo Blair anuncia mais gastos em saúde e educação
ISABEL VERSIANI
de Londres
O governo trabalhista britânico
anunciou ontem um investimento
adicional de US$ 68 bilhões em
saúde e em educação no Reino
Unido nos próximos três anos.
O ministro Gordon Brown (Fazenda) revelou os números ao esboçar o primeiro planejamento
orçamentário do governo para o
período 1999-2001.
Nos primeiros dois anos de
mandato, a equipe do primeiro-ministro Tony Blair se ateve à
limitação de gastos estabelecida
pelo governo anterior, do conservador John Major.
Brown afirmou que os gastos no
sistema público de saúde vão agora ter aumento de 4,7% por ano,
somando um investimento extra
de US$ 35,7 bilhões, um recorde
para a área. No governo passado,
os gastos com saúde aumentaram
2,5%, em média.
O ministro anunciou, ainda, aumento nos gastos em transporte e
em alguns benefícios especiais para aposentados, como o fim da cobrança de exames de vista.
Os detalhes de como os recursos
deverão ser aplicados em cada
área serão anunciados ao longo
dos próximos dias pelos ministros
responsáveis. Brown adiantou,
entretanto, que, para terem direito
à verba adicional anunciada ontem, os departamentos estatais terão de obedecer a determinadas
metas de eficiência.
O Partido Conservador criticou
o pacote, argumentando que ele
vai causar aumento de impostos e
inflação. Para o parlamentar conservador responsável pela área
econômica, Francis Maude, o governo de Blair estaria tentando
"comprar" sua próxima eleição à
custa dos contribuintes.
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