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EUA admitem presença na área
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O Pentágono admitiu ontem
que um navio espião norte-americano estava na região do mar de
Barents, onde o submarino russo
Kursk afundou anteontem, para
espionar os exercícios navais russos.
Uma das hipóteses para o acidente com o Kursk, segundo a
Marinha russa, seria a colisão
com um submarino estrangeiro.
O Pentágono se negou a dizer, porém, se haveria também na região
um submarino norte-americano.
"Não temos indícios de que alguma embarcação norte-americana tenha tido alguma participação nesse acidente", disse o contra-almirante Craig Quigley, porta-voz do Pentágono.
Segundo ele, o navio USNS Loyal estava na região, mas a uma
distância de cerca de 400 km do
Kursk quando ele afundou.
Os submarinos norte-americanos habitualmente seguem os
passos dos russos. Segundo o
Pentágono, os exercícios navais
que estavam sendo realizados no
domingo seriam os mais importantes do ano.
Em 1993, um submarino nuclear russo havia colidido com
um submarino norte-americano
na mesma região do acidente de
anteontem, no mar de Barents.
Naquela ocasião, a colisão não danificou nenhuma das embarcações, que retornaram com segurança às bases.
Quigley disse que a Rússia não
havia solicitado ajuda para resgatar a tripulação presa no interior
do Kursk e que não estava claro
ainda que tipo de ajuda os EUA
poderiam dar.
A Marinha dos EUA tem veículos de resgate submarino desenhados para resgatar tripulações
dos submarinos norte-americanos e da Otan (aliança militar ocidental). Quigley disse não ter certeza se os equipamentos poderiam ser adaptados para fazer o
resgate no submarino russo.
Assistência
Segundo o porta-voz da Casa
Branca, Joe Lockhart, o governo
dos EUA está pronto para ajudar
no resgate, mas até o início da
noite de ontem a ajuda ainda não
havia sido solicitada.
"Por vários canais diferentes
deixamos claro aos russos que
qualquer assistência que possamos oferecer está disponível",
disse Lockhart aos repórteres que
acompanham o presidente Bill
Clinton na convenção democrata
para a formalização da candidatura do partido à Presidência, em
Los Angeles. "Mas, até aqui, não
houve nenhum pedido", disse.
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