São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 2000


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EUA admitem presença na área


DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Pentágono admitiu ontem que um navio espião norte-americano estava na região do mar de Barents, onde o submarino russo Kursk afundou anteontem, para espionar os exercícios navais russos.
Uma das hipóteses para o acidente com o Kursk, segundo a Marinha russa, seria a colisão com um submarino estrangeiro. O Pentágono se negou a dizer, porém, se haveria também na região um submarino norte-americano.
"Não temos indícios de que alguma embarcação norte-americana tenha tido alguma participação nesse acidente", disse o contra-almirante Craig Quigley, porta-voz do Pentágono.
Segundo ele, o navio USNS Loyal estava na região, mas a uma distância de cerca de 400 km do Kursk quando ele afundou.
Os submarinos norte-americanos habitualmente seguem os passos dos russos. Segundo o Pentágono, os exercícios navais que estavam sendo realizados no domingo seriam os mais importantes do ano.
Em 1993, um submarino nuclear russo havia colidido com um submarino norte-americano na mesma região do acidente de anteontem, no mar de Barents. Naquela ocasião, a colisão não danificou nenhuma das embarcações, que retornaram com segurança às bases.
Quigley disse que a Rússia não havia solicitado ajuda para resgatar a tripulação presa no interior do Kursk e que não estava claro ainda que tipo de ajuda os EUA poderiam dar.
A Marinha dos EUA tem veículos de resgate submarino desenhados para resgatar tripulações dos submarinos norte-americanos e da Otan (aliança militar ocidental). Quigley disse não ter certeza se os equipamentos poderiam ser adaptados para fazer o resgate no submarino russo.

Assistência
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Joe Lockhart, o governo dos EUA está pronto para ajudar no resgate, mas até o início da noite de ontem a ajuda ainda não havia sido solicitada.
"Por vários canais diferentes deixamos claro aos russos que qualquer assistência que possamos oferecer está disponível", disse Lockhart aos repórteres que acompanham o presidente Bill Clinton na convenção democrata para a formalização da candidatura do partido à Presidência, em Los Angeles. "Mas, até aqui, não houve nenhum pedido", disse.


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