São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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CHUVAS NA EUROPA

Animais morrem no zoológico de Praga, que continua inundada; número de vítimas no continente chega a 98

Prédios históricos de Dresden são alagados

DA REDAÇÃO

Além de Praga (República Tcheca), Dresden, na Alemanha, foi outra cidade histórica européia a ser duramente afetada pelas enchentes que já mataram ao menos 98 pessoas na Europa nos últimos dias. Mais de 100 mil estão desabrigadas. As chuvas são consideradas as mais fortes do século.
O transbordamento do rio Elba, que cruza a cidade, alagou a famosa Ópera Samper e o palácio Zwinger, onde há uma importante coleção de pinturas renascentistas. As peças foram levadas para andares mais altos do museu. As águas ficaram na altura dos joelhos nos dois locais.
Prédios anexos à Frauenkirche (igreja de Nossa Senhora) foram alagados. A reforma da fachada da igreja fora concluída havia poucos dias. Desde os bombardeios americanos e britânicos na Segunda Guerra, Dresden não ficava tão destruída. Cerca de 20 mil pessoas estão desabrigadas na cidade.
Em Praga (República Tcheca), um elefante, um hipopótamo, um urso e um leão do zoológico da cidade morreram. Um gorila está desaparecido. Três focas fugiram do tanque e entraram nas águas do rio Vlatva, que transbordou. Elas correm sério risco. Os demais animais foram colocados em áreas mais altas do zoológico.
Os bairros históricos da cidade estão alagados. Ontem foi considerado o dia mais crítico desde o início das chuvas na semana passada. Cerca de 70 mil pessoas foram obrigadas a deixar as suas casas na capital tcheca.
Na Áustria, Viena e a cidade de Salzburgo correm sério risco de serem inundadas. Em Krems, os moradores tiveram de se refugiar nos andares mais altos dos prédios. A Rússia é o país mais atingido, com 60 mortos. As chuvas também provocaram enchentes na Itália, na Romênia, na Suíça e na Eslováquia.
Publicação da ONU afirma que a mudança climática, a impermeabilização do solo e o crescimento demográfico contribuem para as enchentes. Alguns meteorologistas ouvidos pela rede de TV BBC discordam e acham que é preciso estudar melhor o fenômeno.


Com agências internacionais


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