UOL


São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ataque a bomba mata soldado britânico

DA REDAÇÃO

No primeiro ataque a bomba contra os soldados britânicos desde o fim dos principais combates no Iraque, em 1º de maio, um dos militares morreu e dois foram feridos quando a ambulância em que estavam foi atingida.
O incidente evidencia que, além dos constantes ataques sofridos em regiões dominadas por sunitas -a corrente muçulmana à qual pertence o ex-ditador Saddam Hussein-, as forças ocupantes no Iraque começam a sofrer com a hostilidade dos xiitas, facção majoritária no país.
Basra (sul), a segunda maior cidade do Iraque, já havia sido palco de protestos violentos no fim de semana. Os britânicos, que controlam o sul do Iraque (dominado pelos xiitas), perderam 12 soldados no pós-guerra -além da baixa de hoje, houve cinco em acidentes e seis durante um protesto, em junho, de manifestantes furiosos com a invasão de suas casas em operações de busca.
Já os EUA, atuando em áreas que concentram sunitas e simpatizantes do regime deposto, perderam 131 soldados no pós-guerra, 60 deles em ataques.
Também foi em um protesto xiita que as forças americanas mataram um civil e feriram quatro anteontem, em Sadr City, um enorme bairro pobre em Bagdá.
Ontem, manifestantes exigiram a retirada imediata dos soldados dos EUA da região, sob a ameaça de mais violência. Os americanos pediram desculpas por terem retirado uma faixa islâmica de uma torre de TV -incidente que deu início ao protesto da véspera.
"Lamentamos profundamente o que aconteceu. O ocorrido foi um erro e não visava os moradores de Sadr City", disse o comunicado americano, acrescentando que uma investigação foi aberta e que o responsável seria punido.
Os problemas com os xiitas podem deteriorar as relações americanas com outros países da região, como o Irã, onde a população é predominantemente xiita.
O comando militar americano acredita que, por trás dos ataques a suas tropas no Iraque, além de simpatizantes do regime deposto, haja também combatentes estrangeiros, que entrariam principalmente pela fronteira com o Irã.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Iraque ocupado: Conselho de Segurança da ONU reconhece conselho iraquiano
Próximo Texto: Clima: Calor pode ter matado 3.000 na França
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.