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Ataque a bomba mata soldado britânico
DA REDAÇÃO
No primeiro ataque a bomba
contra os soldados britânicos desde o fim dos principais combates
no Iraque, em 1º de maio, um dos
militares morreu e dois foram feridos quando a ambulância em
que estavam foi atingida.
O incidente evidencia que, além
dos constantes ataques sofridos
em regiões dominadas por sunitas -a corrente muçulmana à
qual pertence o ex-ditador Saddam Hussein-, as forças ocupantes no Iraque começam a sofrer com a hostilidade dos xiitas,
facção majoritária no país.
Basra (sul), a segunda maior cidade do Iraque, já havia sido palco de protestos violentos no fim
de semana. Os britânicos, que
controlam o sul do Iraque (dominado pelos xiitas), perderam 12
soldados no pós-guerra -além
da baixa de hoje, houve cinco em
acidentes e seis durante um protesto, em junho, de manifestantes
furiosos com a invasão de suas casas em operações de busca.
Já os EUA, atuando em áreas
que concentram sunitas e simpatizantes do regime deposto, perderam 131 soldados no pós-guerra, 60 deles em ataques.
Também foi em um protesto
xiita que as forças americanas
mataram um civil e feriram quatro anteontem, em Sadr City, um
enorme bairro pobre em Bagdá.
Ontem, manifestantes exigiram
a retirada imediata dos soldados
dos EUA da região, sob a ameaça
de mais violência. Os americanos
pediram desculpas por terem retirado uma faixa islâmica de uma
torre de TV -incidente que deu
início ao protesto da véspera.
"Lamentamos profundamente
o que aconteceu. O ocorrido foi
um erro e não visava os moradores de Sadr City", disse o comunicado americano, acrescentando
que uma investigação foi aberta e
que o responsável seria punido.
Os problemas com os xiitas podem deteriorar as relações americanas com outros países da região, como o Irã, onde a população é predominantemente xiita.
O comando militar americano
acredita que, por trás dos ataques
a suas tropas no Iraque, além de
simpatizantes do regime deposto,
haja também combatentes estrangeiros, que entrariam principalmente pela fronteira com o Irã.
Com agências internacionais
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