de Nova York

Muitas pessoas que não conseguiram fugir de suas casas buscaram ontem abrigo do furacão Floyd em hotéis, levando consigo mantimentos e animais.
"Aqui está uma loucura, trouxeram criança, cachorro, tudo", disse por telefone à Folha Cibele Lorenzoni, 31, que está hospedada em um hotel na cidade de Nelbourne, no litoral da Flórida.
Cibele é repórter do canal Weather Channel (canal do tempo).
Ela está em Nelbourne para transmitir notícias para a filial brasileira do Weather Channel, que tem uma equipe de 12 brasileiros nos EUA, sendo 3 jornalistas e 5 meteorologistas.
A repórter disse que estava em Palm Beach, mas foi obrigada a sair de lá pela polícia local na madrugada de ontem.
O caminhão do canal estava num campo aberto, local mais perigoso nessas circunstâncias.
O hotel para onde foi, diz ela, fica numa local considerado mais seguro. Mesmo assim, o dono colocou tábuas de madeira nas janelas, precaução tomada pela maioria dos moradores.
"Anteontem, os supermercados lotaram e faltou até lanterna. As pessoas temem que haja falta de energia por vários dias", disse.
Nelbourne fica na costa oeste da Flórida, que não deve ser atingida pelo centro do furacão.
Em Fort Lauderdale, a equipe do jornal "Gazeta Brazilian News" se preparava para possíveis tempestades. O centro do furacão desviou-se da cidade, mas havia risco de chuva e vento fortes.
"Já colocamos madeira nas janelas e compramos água e comida. Temos que ficar aqui porque o jornal fecha hoje à noite (ontem)", disse o editor-chefe, Rodrigo César Pinto, 23.
Segundo ele, quase todos os seus vizinhos já haviam saído da cidade. Pinto disse que se sente seguro no local porque o jornal fica em um prédio de tijolos. Na cidade, a maioria das construções é de madeira e gesso. (RF)


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