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ORIENTE MÉDIO
EUA apóiam ação de Israel em campo palestino
Sob protestos, Israel decide expulsar 15 palestinos da Cisjordânia a Gaza
DA REDAÇÃO
O Exército de Israel decidiu expulsar 15 prisioneiros palestinos
originários da Cisjordânia para a
faixa de Gaza. A medida foi criticada por grupos de defesa de direitos humanos e pela ANP (Autoridade Nacional Palestina). A
expulsão ocorrerá em semanas.
Já o governo americano saiu em
apoio a Israel em outra ação bastante criticada. O porta-voz do
Departamento de Estado, Richard Boucher, disse que a demolição de casas no campo de refugiados de Rafah (faixa de Gaza),
que deixou mais de mil desabrigados, é um "direito de defesa" de
Israel. A ação visava descobrir túneis usados para contrabandear
armas do Egito.
Na semana passada, os EUA
afirmaram que o ataque de Israel
à Síria era um direito de defesa.
O presidente da ANP, Iasser
Arafat, disse que "a expulsão é o
começo das deportações maciças". Para o premiê palestino, Ahmed Korei, "essa é uma flagrante
obstrução dos esforços para restaurar a calma". A Anistia Internacional condenou a expulsão.
Os prisioneiros são acusados de
envolvimento com o terrorismo,
mas não foram julgados. Segundo
o Exército, eles poderiam revelar
informações de inteligência em
um possível julgamento. Em vez
de mantê-los detidos, a melhor
saída seria a expulsão.
Militares israelenses afirmaram
que, se os prisioneiros -a maior
parte integrante dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmico-
fossem soltos na Cisjordânia, eles
poderiam se envolver novamente
em ataques contra israelenses.
Há precedentes de expulsão de
palestinos da Cisjordânia para a
faixa de Gaza. No ano passado,
parentes de um suicida palestino,
que o ajudaram logisticamente
em um atentado contra Israel, foram enviados para a faixa de Gaza. O mesmo aconteceu com 39
militantes de grupos terroristas
que haviam se refugiado na igreja
da Natividade, em Belém (Cisjordânia), em maio de 2002.
A transferência de palestinos da
Cisjordânia para a faixa de Gaza
foi aprovada pela Suprema Corte
de Israel apenas para casos envolvendo diretamente terroristas.
Na ONU, a Síria decidiu adiar a
votação no Conselho de Segurança de uma resolução condenando
Israel pela construção da barreira
para separar o seu território da
Cisjordânia, com o objetivo de
impedir a ação de terroristas.
Os sírios não aceitaram a inclusão no texto da resolução de uma
condenação ao ataque terrorista
em Haifa (Israel), que matou 20
israelenses. A inclusão era uma
exigência dos EUA.
Disputa
Korei repudiou publicamente a
indicação de Hakam Bilawi para o
Ministério do Interior, feita por
Arafat anteontem. A crítica é mais
um episódio da crise no governo
palestino. A indicação de Bilawi
demonstra que Arafat não está
disposto a ceder poder na área de
segurança. Korei não aceita intervenção em seu gabinete e ameaçou renunciar no próximo mês.
Com agências internacionais
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