São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2006

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Ativistas vão à Justiça contra Rumsfeld

DO "INDEPENDENT", EM BERLIM

Ativistas em favor dos direitos humanos lançaram ontem uma tentativa de convencer promotores alemães a abrir uma investigação por crimes de guerra contra o ex-secretário de Defesa dos EUA Donald Rumsfeld, em função do papel que ele teria exercido nos abusos cometidos nas prisões de Abu Ghraib, no Iraque, e de Guantánamo.
Num documento de 220 páginas registrado na Procuradoria federal da Alemanha, o Centro em favor dos Direitos Constitucionais, sediado nos EUA, alega que Rumsfeld e 11 outras figuras da inteligência ou militares americanas de alto escalão ordenaram, auxiliaram ou deixaram de impedir que fossem cometidos crimes de guerra.
Os querelantes, agindo em nome de 12 alegadas vítimas de torturas, estão aproveitando uma lei alemã que autoriza julgamentos de crimes de guerra cometidos em qualquer lugar do mundo. Mas uma tentativa semelhante, em 2004, foi rejeitada por promotores alemães.
A general-de-brigada Janis Karpinski, responsável por Abu Ghraib na época em ocorreram os abusos, concordou em depor como testemunha.
Dez militares americanos foram considerados culpados dos abusos. O governo alega que eles agiram sem autorização oficial. O Pentágono disse que iniciativa da ONG é "frívola". TRADUÇÃO DE CLARA ALLAIN


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