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Seqüestradores levam ao menos 45 no Iraque
DA REDAÇÃO
Em mais um dia sangrento
no Iraque, dezenas de funcionários do Ministério da Educação Superior foram seqüestrados em Bagdá ontem, numa
operação ousada que levou o
ministro da pasta a criticar o
Parlamento e a ameaçar fechar
as universidades do país.
As estimativas oficiais sobre
o número de seqüestrados variavam bastante. Um porta-voz
do Ministério do Interior disse
que o total era de 30 a 40 pessoas, enquanto o de Educação
Superior informou haver de 70
a 150 desaparecidos. Mais tarde, um porta-voz do primeiro-ministro disse que foram seqüestradas de 45 a 50 pessoas,
das quais 20 já foram soltas.
O episódio envolveu muitos
dos problemas de segurança no
Iraque: ataques cada vez mais
ousados e muitas vezes dirigidos à elite educada; suspeitas
de envolvimento das forças de
segurança, predominantemente xiitas; e uma crescente desconfiança entre os partidos governistas, dominados pelos xiitas, e a minoria sunita.
Logo após o incidente, o ministro da Educação Superior, o
sunita Abdel Salam Thiab, foi
até o Parlamento e interrompeu uma sessão televisionada
para acusar o governo do premiê Nuri al Maliki, xiita, de não
atender aos reiterados pedidos
de melhoria da segurança.
Recentemente, acadêmicos
passaram a ser alvos freqüentes
de ataques violentos, assim como outros grupos profissionais, entre os quais médicos e
enfermeiras.
Theyab chegou a determinar
o fechamento de todas as universidades, mas a ordem foi
suspensa depois que a a polícia
e o Exército prometeram melhorar a segurança nessas instituições e no ministério.
Já o Ministério do Interior
anunciou a prisão de cinco oficiais da polícia supostamente
envolvidos na ação, inclusive o
delegado da região de Karradah, onde houve a ação.
O premiê iraquiano disse que
o seqüestro é resultado de disputas entre grupos armados
patrocinados por diferentes
facções políticas.
Ontem, em diversos ataques
pelo país, ao menos 117 pessoas
foram mortas.
Com agências internacionais e o "New
York Times"
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