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Jovem, novo nome da Economia deve manter política do peso desvalorizado
DE BUENOS AIRES
O economista Martín Lousteau tomará posse no Ministério da Economia argentino dois
dias após completar 37 anos,
tornando-se o mais jovem a
ocupar o cargo. Lousteau repete as características de seus antecessores, Felisa Miceli e Miguel Peirano: é jovem, relativamente desconhecido e discreto.
Isso leva a supor que se limitará
a executar as diretrizes definidas pela Casa Rosada.
A nomeação de Lousteau foi
resumida por Juan Carlos Lascurain, presidente da UIA
(União Industrial Argentina),
principal entidade empresarial
do país: "Cristina escolheu
bem, mas quem define o projeto é quem o conduz, que neste
caso é a presidente".
Lousteau é formado pela
Universidade de San Andrés,
com mestrado na London
School of Economics. É definido como "desenvolvimentista".
Atualmente, preside o Banco
da Província de Buenos Aires,
que concentra os financiamentos para a indústria e o setor rural na maior Província do país.
Antes da nomeação, ele já
manifestara ser um defensor da
política cambial kirchnerista,
de um peso desvalorizado, contrariando a atual pressão em
todo o mundo pela valorização
das moedas em função da desvalorização do dólar.
Para o economista Enrique
Dentice, da Universidade de
San Martín, o novo ministro da
Economia "segue a linha de
crescimento produtivo que há
no atual modelo". Na opinião
de Dentice, Lousteau "manterá
o superávit fiscal, o câmbio firme e o nível das reservas".
A escolha, porém, gera dúvidas sobre a real intenção do governo de normalizar os índices
de inflação. Ao anunciar o novo
ministério, o chefe-de-gabinete, Alberto Fernández, disse
que caberá a Lousteau decidir
pela permanência ou não de
Guillermo Moreno, secretário
de Comércio Interior, responsável pela intervenção no instituto oficial de estatísticas.
(RR)
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