São Paulo, sexta-feira, 16 de janeiro de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Cerca isola Cisjordânia

Corte de Israel analisará legalidade de barreira

DA REDAÇÃO

A Suprema Corte israelense realizará dentro de um mês uma sessão para analisar a legalidade da barreira que Israel está construindo para separar o país dos territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.
A sessão foi pedida por uma ONG de direitos humanos israelense e ocorrerá poucos dias antes de a Corte Internacional de Justiça (órgão ligado às Nações Unidas sediado em Haia, na Holanda) iniciar, em 23 de fevereiro, deliberações sobre a questão, a pedido da Assembléia Geral da ONU.
A Corte de Haia decidirá se Israel deve destruir a barreira, feita de arame e concreto. Os palestinos argumentam que ela está sendo erguida em terras pertencentes a eles e inviabilizará a criação de um futuro Estado palestino.
Israel diz que a barreira é fundamental para defender o território de terroristas suicidas palestinos. Ontem, fontes do governo disseram que a construção poderá ser batizada oficialmente de Cerca de Prevenção do Terrorismo.
No ano passado, a Assembléia Geral da ONU aprovou uma resolução, proposta pelos palestinos, pedindo que a Corte de Haia decidisse sobre a legalidade da barreira. Segundo analistas, as deliberações se transformarão num "julgamento" da ocupação israelense dos territórios palestinos.
"Israel está desapontado com o envolvimento da Corte de Haia. Não achamos apropriado que essa questão seja discutida lá", disse o premiê israelense, Ariel Sharon.
A Corte de Haia é um tribunal da ONU cuja missão é arbitrar litígios entre dois países. Embora os palestinos ainda não possuam um Estado, o tribunal está agindo a pedido da Assembléia Geral.


Com agências internacionais

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