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ORIENTE MÉDIO
Cerca isola Cisjordânia
Corte de Israel analisará legalidade de barreira
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte israelense
realizará dentro de um mês uma
sessão para analisar a legalidade
da barreira que Israel está construindo para separar o país dos
territórios palestinos ocupados
na Cisjordânia.
A sessão foi pedida por uma
ONG de direitos humanos israelense e ocorrerá poucos dias antes
de a Corte Internacional de Justiça (órgão ligado às Nações Unidas
sediado em Haia, na Holanda)
iniciar, em 23 de fevereiro, deliberações sobre a questão, a pedido
da Assembléia Geral da ONU.
A Corte de Haia decidirá se Israel deve destruir a barreira, feita
de arame e concreto. Os palestinos argumentam que ela está sendo erguida em terras pertencentes
a eles e inviabilizará a criação de
um futuro Estado palestino.
Israel diz que a barreira é fundamental para defender o território
de terroristas suicidas palestinos.
Ontem, fontes do governo disseram que a construção poderá ser
batizada oficialmente de Cerca de
Prevenção do Terrorismo.
No ano passado, a Assembléia
Geral da ONU aprovou uma resolução, proposta pelos palestinos,
pedindo que a Corte de Haia decidisse sobre a legalidade da barreira. Segundo analistas, as deliberações se transformarão num "julgamento" da ocupação israelense
dos territórios palestinos.
"Israel está desapontado com o
envolvimento da Corte de Haia.
Não achamos apropriado que essa questão seja discutida lá", disse
o premiê israelense, Ariel Sharon.
A Corte de Haia é um tribunal
da ONU cuja missão é arbitrar litígios entre dois países. Embora
os palestinos ainda não possuam
um Estado, o tribunal está agindo
a pedido da Assembléia Geral.
Com agências internacionais
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