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IRÃ
Alto funcionário iraniano diz que Washington não pode dar lição sobre eleições
Linha dura rebate crítica dos EUA
DA REDAÇÃO
Hasan Rohani, chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, disse ontem que o "verdadeiramente catastrófico e dramático" processo que levou à eleição do presidente dos EUA, George W. Bush, não permite que o governo americano critique a crise
eleitoral iraniana.
Washington manifestara preocupação com a situação e dissera
que ela poderia minar a legitimidade da próxima eleição legislativa. Rohani acusou o governo
americano de tentar intrometer-se em assuntos domésticos iranianos ao pôr em xeque a legitimidade da votação, no próximo dia 20
de fevereiro.
"A situação da última eleição
presidencial americana, que ocorreu de modo verdadeiramente catastrófico e dramático, não permite que os EUA falem sobre eleições em outros países", disse Rohani, após uma reunião com autoridades francesas, em Paris. Ele
fez referência ao impasse eleitoral
ocorrido na Flórida em 2000.
"Os EUA nunca intervêm só por
causa de sua preocupação com o
futuro do povo iraniano. Os EUA
têm seus próprios interesses",
acrescentou Rohani.
Em Teerã, deputados liberais
prometeram manter seu protesto
no Parlamento até que o Conselho de Guardiães anuncie sua decisão final sobre a anulação de
mais de 3.000 pedidos de candidatura de reformistas.
Anteontem, o líder supremo do
Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ordenou ao Conselho de Guardiães,
órgão que zela pelo respeito da
Constituição no Irã -cujos 12
membros foram apontados por
Khamenei-, que reavaliasse sua
decisão.
A medida foi vista como uma
vitória dos reformistas. Mas analistas dizem que a dimensão dessa
vitória dependerá de quantas candidaturas anuladas serão aceitas
pelo Conselho de Guardiães após
a reavaliação de sua decisão.
Com agências internacionais
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