DO "FINANCIAL TIMES"

Um líder do Partido Republicano advertiu ontem que a confirmação de Tim Geithner como secretário do Tesouro dos EUA não estava garantida após surgirem revelações de que ele deixou de pagar alguns impostos, embora não houvesse sinal de rebelião contra seu nome.
Chuck Grassley, líder da bancada republicana no Comitê de Finanças do Senado, disse que havia "acordo bipartidário" quanto às qualificações de Geithner e à necessidade de um secretário do Tesouro capacitado para a atual crise econômica.
Mas afirmou que ele e outros republicanos pretendiam reservar seu julgamento até o momento da audiência de confirmação, no próximo dia 21.
A maioria dos analistas considera provável que Geithner sobreviva ao interrogatório do Senado, mas há divergência quanto ao grau dos danos.
Thomas Mann, cientista político da Brookings Institution, disse que pagar com atraso seus impostos representava um embaraço para o homem que comandará o sistema tributário federal, mas duvidava que houvesse prejuízos em longo prazo.
Mas para outros o fato enfraquece a credibilidade de Geithner. "Ele começa com um ponto negativo", diz Larry Sabato, da Universidade da Virgínia.
A maioria dos senadores parece disposta a conceder a Geithner o benefício da dúvida quanto aos seus pagamentos atrasados da contribuição social e da taxa do plano de saúde federal, enquanto ele servia ao FMI entre 2001 e 2004, dadas as complexas regras tributárias que se aplicam aos cidadãos norte-americanos que trabalham para o Fundo.


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