São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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AMÉRICA CENTRAL

Corte de Honduras acusa cúpula militar pela expulsão de Zelaya

DA REDAÇÃO

O presidente da Corte Suprema de Honduras, Jorge Rivera, acusou formalmente anteontem os comandantes militares do país por abuso de poder na expulsão do presidente deposto, Manuel Zelaya, no golpe de junho.
Os seis membros da Junta de Comandantes das Forças Armadas foram proibidos de deixar o país e terão de testemunhar no tribunal no próximo dia 21.
O Ministério Público denunciara os militares pela expulsão de Zelaya para a Costa Rica na noite em que foi deposto, em 28 de junho. Ele foi preso e levado de avião ainda de pijamas para o país. A Constituição, porém, proíbe a expatriação de hondurenhos.
Segundo o governo golpista, chefiado por Roberto Micheletti, os militares cumpriram um mandado judicial.
Já Zelaya -que desde que voltou ao país, em 21 de setembro, está na Embaixada do Brasil- disse que a denúncia é "um truque" para que os militares saiam impunes de outros crimes.
Entre os processados estão o chefe das Forças Armadas, Romeo Vásquez, o da Força Aérea, general Javier Prince, e o da Marinha, general Juan Pablo Rodriguez.
A acusação formal contra os comandantes ocorre em um momento em que se discute uma anistia a todos os envolvidos no golpe de Estado. O projeto tem o apoio de Porfirio Lobo, presidente eleito no pleito de novembro e que assume o cargo no próximo dia 27.
O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, disse que uma missão chegará a Honduras logo após a posse, para discutir com Lobo um eventual cancelamento das sanções impostas ao país após o golpe.
Honduras foi suspensa da OEA, e a comunidade internacional interrompeu parte da ajuda que dava ao país.

Com agências internacionais



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