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AMÉRICA CENTRAL
Corte de Honduras acusa cúpula militar pela expulsão de Zelaya
DA REDAÇÃO
O presidente da Corte Suprema de Honduras, Jorge
Rivera, acusou formalmente
anteontem os comandantes
militares do país por abuso
de poder na expulsão do presidente deposto, Manuel Zelaya, no golpe de junho.
Os seis membros da Junta
de Comandantes das Forças
Armadas foram proibidos de
deixar o país e terão de testemunhar no tribunal no próximo dia 21.
O Ministério Público denunciara os militares pela
expulsão de Zelaya para a
Costa Rica na noite em que
foi deposto, em 28 de junho.
Ele foi preso e levado de
avião ainda de pijamas para o
país. A Constituição, porém,
proíbe a expatriação de hondurenhos.
Segundo o governo golpista, chefiado por Roberto Micheletti, os militares cumpriram um mandado judicial.
Já Zelaya -que desde que
voltou ao país, em 21 de setembro, está na Embaixada
do Brasil- disse que a denúncia é "um truque" para
que os militares saiam impunes de outros crimes.
Entre os processados estão o chefe das Forças Armadas, Romeo Vásquez, o da
Força Aérea, general Javier
Prince, e o da Marinha, general Juan Pablo Rodriguez.
A acusação formal contra
os comandantes ocorre em
um momento em que se discute uma anistia a todos os
envolvidos no golpe de Estado. O projeto tem o apoio de
Porfirio Lobo, presidente
eleito no pleito de novembro
e que assume o cargo no próximo dia 27.
O secretário-geral da OEA
(Organização dos Estados
Americanos), José Miguel
Insulza, disse que uma missão chegará a Honduras logo
após a posse, para discutir
com Lobo um eventual cancelamento das sanções impostas ao país após o golpe.
Honduras foi suspensa da
OEA, e a comunidade internacional interrompeu parte
da ajuda que dava ao país.
Com agências internacionais
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