São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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Retomada de obra simboliza saída da crise

DO ENVIADO A SANTIAGO

Às margens do rio Mapocho, que corta Santiago de leste a oeste, o maior projeto imobiliário e comercial do Chile funciona como um termômetro da economia local.
Com investimentos de US$ 500 milhões, o Costanera Center prevê uma torre de 70 andares com 300 lojas. Mas, com a crise, a obra foi paralisada por 11 meses em 2009, demitindo 2.800 pessoas.
Retomou atividades em dezembro, com a reativação da economia chilena, que recuou 1,8% no ano.
Se, por um lado, a retomada mostra efetividade nas ações anticrise do governo, evidencia também problemas estruturais da economia chilena, como o desemprego, que girou em 9% por toda a década. O Chile saiu de um crescimento médio de 6,6% do PIB de 1990 a 1999 para 4% nos anos 2000, devido a perda de produtividade e foco em poucos setores, como cobre e papel.
"Por 30 anos baseamos nosso modelo em recursos naturais, mão de obra barata e investimentos em infraestrutura. Temos que investir em capital humano, educação", disse à Folha o chefe econômico da campanha de Eduardo Frei, Oscar Landerretche.
Já Felipe Larraín, coordenador econômico de Sebastián Piñera, culpa o setor público pela queda na produtividade e diz: "Houve relaxamento no uso de recursos públicos".


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