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VENEZUELA
Presidente afirma que EUA o acusarão de ingerência
CNE diz que decisão sobre referendo para tirar Chávez será em março
DA REDAÇÃO
O Conselho Nacional Eleitoral
(CNE) da Venezuela anunciará,
no dia 29, os resultados preliminares da coleta de assinaturas da
oposição e, ao longo do mês de
março, decidirá se será convocado um referendo para determinar
se o presidente Hugo Chávez deve
permanecer no poder.
No dia 1º de março, será dito
nos jornais venezuelanos quais
são as assinaturas consideradas
válidas e quais não serão aceitas
por conta de irregularidades.
No dia seguinte, o CNE dará início a um prazo de cinco dias para
que os eleitores que não assinaram a lista e cujos nomes apareçam nela compareçam para impugnar as suas assinaturas.
Com o fim do processo de impugnações, a convocação ou não
do referendo sobre o destino de
Chávez poderá ser feita. O CNE
analisa 3,4 milhões de assinaturas
recolhidas pela oposição. Ao menos 2,4 milhões de assinaturas são
necessárias.
Chávez afirmou ontem que está
convencido de que os EUA o acusarão de impedir o referendo caso
as assinatura coletadas pela oposição sejam consideradas insuficientes. "Washington vai dizer
que é culpa de Chávez e que Chávez atropelou a democracia", afirmou o presidente no seu programa dominical em rede de rádio e
TV "Alô, presidente".
Anteontem, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de
Caracas em protesto para pressionar as autoridades eleitorais venezuelanas a aceitar as assinaturas
coletadas pela oposição.
Carregando bandeiras, cartazes
e cópias de suas petições com as
assinaturas, os manifestantes entoavam gritos contra Chávez.
Líderes da oposição acreditam
que simpatizantes de Chávez no
CNE estejam tentando abortar a
iniciativa pelo referendo.
"Nós temos de marchar para
defender as nossas assinaturas.
Não acreditamos no CNE, e esse é
o nosso único recurso", afirmou
um dos manifestantes.
Com agências internacionais
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