São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

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VENEZUELA

Presidente afirma que EUA o acusarão de ingerência

CNE diz que decisão sobre referendo para tirar Chávez será em março

DA REDAÇÃO

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciará, no dia 29, os resultados preliminares da coleta de assinaturas da oposição e, ao longo do mês de março, decidirá se será convocado um referendo para determinar se o presidente Hugo Chávez deve permanecer no poder.
No dia 1º de março, será dito nos jornais venezuelanos quais são as assinaturas consideradas válidas e quais não serão aceitas por conta de irregularidades.
No dia seguinte, o CNE dará início a um prazo de cinco dias para que os eleitores que não assinaram a lista e cujos nomes apareçam nela compareçam para impugnar as suas assinaturas.
Com o fim do processo de impugnações, a convocação ou não do referendo sobre o destino de Chávez poderá ser feita. O CNE analisa 3,4 milhões de assinaturas recolhidas pela oposição. Ao menos 2,4 milhões de assinaturas são necessárias.
Chávez afirmou ontem que está convencido de que os EUA o acusarão de impedir o referendo caso as assinatura coletadas pela oposição sejam consideradas insuficientes. "Washington vai dizer que é culpa de Chávez e que Chávez atropelou a democracia", afirmou o presidente no seu programa dominical em rede de rádio e TV "Alô, presidente".
Anteontem, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Caracas em protesto para pressionar as autoridades eleitorais venezuelanas a aceitar as assinaturas coletadas pela oposição.
Carregando bandeiras, cartazes e cópias de suas petições com as assinaturas, os manifestantes entoavam gritos contra Chávez.
Líderes da oposição acreditam que simpatizantes de Chávez no CNE estejam tentando abortar a iniciativa pelo referendo.
"Nós temos de marchar para defender as nossas assinaturas. Não acreditamos no CNE, e esse é o nosso único recurso", afirmou um dos manifestantes.


Com agências internacionais


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