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DISPUTA
607 renunciam à candidatura
Liberais do Irã admitem risco de derrota eleitoral
DA REUTERS
Reformistas iranianos reconheceram ontem que correm o sério
risco de perder a eleição legislativa da próxima sexta-feira. Esta, de
acordo com eles, foi comprometida pelo veto -imposto pelo conservador Conselho de Guardiães- à candidatura de mais de
2.500 liberais.
De acordo com um anúncio feito pelo Ministério do Interior ontem, 607 dos cerca de 5.600 candidatos aprovados pelo órgão deixaram a disputa no final de semana. A situação acabou dividindo o
campo reformista, já que há uma
ala que defende o boicote à eleição
e outra que luta para manter ao
menos uma pequena presença liberal no Parlamento.
Os reformistas, que, em princípio, são aliados do presidente
Mohammad Khatami, são majoritários no Parlamento desde
2000, mas o veto a seus pedidos de
candidatura deverá mudar esse
quadro. Parte dos conservadores
crê que seja necessário recuperar
a maioria no Legislativo para poder controlar o processo de reforma política, que, se ocorrer, será
lento e monitorado pela linha dura, segundo analistas.
O principal grupo estudantil
pró-reforma iraniano, o Escritório para Consolidar a Unidade,
criticou duramente o presidente
Khatami por concordar em realizar a eleição. "Aceitando o pleito,
Khatami provou que tem como
prioridades as exigências das autoridades mais graduadas e os decretos religiosos. Porém o preço é
o sacrifício da justiça, da liberdade e dos direitos das pessoas", disse o ECU em declaração oficial.
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