São Paulo, segunda-feira, 16 de fevereiro de 2004

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DISPUTA

607 renunciam à candidatura

Liberais do Irã admitem risco de derrota eleitoral

DA REUTERS

Reformistas iranianos reconheceram ontem que correm o sério risco de perder a eleição legislativa da próxima sexta-feira. Esta, de acordo com eles, foi comprometida pelo veto -imposto pelo conservador Conselho de Guardiães- à candidatura de mais de 2.500 liberais.
De acordo com um anúncio feito pelo Ministério do Interior ontem, 607 dos cerca de 5.600 candidatos aprovados pelo órgão deixaram a disputa no final de semana. A situação acabou dividindo o campo reformista, já que há uma ala que defende o boicote à eleição e outra que luta para manter ao menos uma pequena presença liberal no Parlamento.
Os reformistas, que, em princípio, são aliados do presidente Mohammad Khatami, são majoritários no Parlamento desde 2000, mas o veto a seus pedidos de candidatura deverá mudar esse quadro. Parte dos conservadores crê que seja necessário recuperar a maioria no Legislativo para poder controlar o processo de reforma política, que, se ocorrer, será lento e monitorado pela linha dura, segundo analistas.
O principal grupo estudantil pró-reforma iraniano, o Escritório para Consolidar a Unidade, criticou duramente o presidente Khatami por concordar em realizar a eleição. "Aceitando o pleito, Khatami provou que tem como prioridades as exigências das autoridades mais graduadas e os decretos religiosos. Porém o preço é o sacrifício da justiça, da liberdade e dos direitos das pessoas", disse o ECU em declaração oficial.



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