São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

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DEFESA

Projeto militar dos EUA pode levar Rússia a deixar acordo

DA REDAÇÃO

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Yuri Baluyevsky, disse ontem que Moscou poderá se retirar de um tratado de redução de armas assinado com os Estados Unidos em 1987 caso Washington insista no plano de instalar um sistema antimísseis na Polônia e na República Tcheca.
O projeto, anunciado há três semanas, aumentou a antiga irritação causada pela ampliação do poderio militar dos EUA após a Guerra Fria entre os governantes russos, já bastante incomodados com a adesão de ex-integrantes do bloco soviético à aliança militar ocidental (Otan).
"Veremos o que nossos parceiros americanos farão", disse Baluyevsky. "O ato de instalar mísseis defensivos na Europa é inexplicável."
Assinado no fim da Guerra Fria por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev, o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) foi considerado um grande avanço para a segurança mundial, ao eliminar milhares de mísseis nucleares e convencionais.
O governo dos EUA repetiu ontem o que vem dizendo nas últimas semanas, sem convencer Moscou: que o sistema antimísseis a ser instalado no Leste Europeu não tem a Rússia como objetivo. No último fim de semana, o presidente Putin criticou o projeto no duro discurso que fez na Alemanha contra o militarismo americano.
Putin ontem anunciou em Moscou a promoção do ministro da Defesa, Sergei Ivanov, a primeiro vice-premiê. O anúncio, a pouco mais de um ano da eleição presidencial russa, dá impulso às chances de Ivanov, considerado um dos principais nomes para suceder Putin.


Com agências internacionais


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