|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DEFESA
Projeto militar dos EUA pode levar Rússia a deixar acordo
DA REDAÇÃO
O chefe do Estado-Maior
das Forças Armadas da Rússia, Yuri Baluyevsky, disse
ontem que Moscou poderá
se retirar de um tratado de
redução de armas assinado
com os Estados Unidos em
1987 caso Washington insista no plano de instalar um
sistema antimísseis na Polônia e na República Tcheca.
O projeto, anunciado há
três semanas, aumentou a
antiga irritação causada pela
ampliação do poderio militar
dos EUA após a Guerra Fria
entre os governantes russos,
já bastante incomodados
com a adesão de ex-integrantes do bloco soviético à aliança militar ocidental (Otan).
"Veremos o que nossos
parceiros americanos farão",
disse Baluyevsky. "O ato de
instalar mísseis defensivos
na Europa é inexplicável."
Assinado no fim da Guerra
Fria por Ronald Reagan e
Mikhail Gorbachev, o Tratado de Forças Nucleares de
Alcance Intermediário (INF,
na sigla em inglês) foi considerado um grande avanço
para a segurança mundial, ao
eliminar milhares de mísseis
nucleares e convencionais.
O governo dos EUA repetiu ontem o que vem dizendo
nas últimas semanas, sem
convencer Moscou: que o
sistema antimísseis a ser instalado no Leste Europeu não
tem a Rússia como objetivo.
No último fim de semana, o
presidente Putin criticou o
projeto no duro discurso que
fez na Alemanha contra o
militarismo americano.
Putin ontem anunciou em
Moscou a promoção do ministro da Defesa, Sergei Ivanov, a primeiro vice-premiê.
O anúncio, a pouco mais de
um ano da eleição presidencial russa, dá impulso às
chances de Ivanov, considerado um dos principais nomes para suceder Putin.
Com agências internacionais
Texto Anterior: "Posso ser alvo de atentado", declara Lugo Próximo Texto: Iraque: Líder da Al Qaeda é ferido, diz TV árabe Índice
|