MÁRCIO SENNE DE MORAES
DA REDAÇÃO

A denúncia de que Oscar Espinosa Chepe, detido desde 19 de março e condenado a 20 anos de encarceramento em abril, não recebe assistência médica e é maltratado na prisão, feita por seus familiares e por outros dissidentes cubanos, não é verdadeira e faz parte de uma campanha de propaganda que visa desestabilizar o governo de Cuba, de acordo com o ministro-conselheiro Juan Roberto Loforte, da Embaixada de Cuba em Brasília.
"Posso garantir que qualquer preso cubano é bem tratado e recebe atendimento médico se necessário. Não tenho conhecimento de casos específicos, mas sei que os detentos não são alvo de maus-tratos", afirmou Loforte à Folha.
"Denúncias relacionadas a supostos maus-tratos são uma mentira. Em Cuba, ninguém fica sem atendimento médico nem sem remédios, pois a saúde é uma das bases da coesão social do país. O governo cubano dá assistência médica e distribui remédios a qualquer cidadão, incluindo os presos políticos", acrescentou Loforte.
Ele também refuta a afirmação de que as condições em que vivem os prisioneiros políticos cubanos são precárias. "Posso garantir que as condições carcerárias em Cuba são muito melhores que na maioria dos países e que os cuidados que os presos recebem são de ótimo nível", disse o diplomata.
"Não há problemas de tortura nem de maus-tratos. Trata-se de uma campanha de propaganda para atacar o governo cubano", afirmou Loforte. Ele disse ainda "não crer que Espinosa só possa receber uma visita a cada três meses".
Indagado sobre a prisão de Boniatico, em Santiago de Cuba, o diplomata cubano afirmou que suas instalações "não são piores que as das outras prisões do país". "Não concordo com a classificação de "ante-sala da morte". Trata-se de mais uma tentativa de atacar o governo cubano", declarou.


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