São Paulo, sábado, 16 de julho de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

Polícia acredita em ação coordenada

Série de atentados mata ao menos 30 e fere mais de cem em Bagdá

DA REDAÇÃO

Em mais um dia de violência no Iraque, 11 carros-bomba e várias outras explosões deixaram ao menos 30 pessoas mortas em Bagdá. Uma das explosões aconteceu perto da casa do presidente do Iraque, Jalal Talabani, e matou três seguranças.
O carro explodiu sobre uma ponte que dá acesso a uma área onde moram Talabani e outros membros do primeiro escalão do governo. Por isso havia guardas no local. O provável alvo do ataque foi um comboio militar americano que passava sobre a ponte.
De acordo com a polícia iraquiana, os atentados foram coordenados, todos visando forças de segurança norte-americanas ou iraquianas. Entre os mais de cem feridos nos ataques de ontem estavam sete militares americanos.
A polícia informou também que a autoria dos atentados foi reivindicada pelo suposto braço iraquiano da rede terrorista Al Qaeda. As autoridades do Iraque e os militares dos EUA acreditam que os atentados que têm sido realizados depois que assumiu o novo governo do país, em abril, sejam obra não só da Al Qaeda mas também de extremistas sunitas.
Os sunitas são uma corrente do islamismo minoritária no Iraque -a maioria é xiita-, mas estavam no poder durante a ditadura de Saddam Hussein (1979-2003).
Sobre o chefe da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al Zarqawi, o ministro do Interior iraquiano, Bayan Jabr, afirmou que ele deixou o país há duas semanas. O motivo da fuga do terrorista foi, segundo Jabr, o sucesso da Operação Relâmpago, lançada em maio pelas forças de segurança americanas e iraquianas para impedir atentados em Bagdá.
Os EUA informaram que dois marines foram mortos na última quarta-feira, em ação no oeste do Iraque.
No campo diplomático, enquanto o primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim al Jaafari, deve chegar ao Irã hoje, dando início à primeira visita ao país de um chefe de governo iraquiano em décadas, o Egito retirou de Bagdá os membros de sua representação diplomática.
A saída dos diplomatas egípcios foi motivada pelo assassinato do chefe da missão no Iraque, Ihab al Sherif, seqüestrado por insurgentes no dia 2 deste mês.


Com agências internacionais

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