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IRAQUE SOB TUTELA
Polícia acredita em ação coordenada
Série de atentados mata ao menos 30 e fere mais de cem em Bagdá
DA REDAÇÃO
Em mais um dia de violência no
Iraque, 11 carros-bomba e várias
outras explosões deixaram ao
menos 30 pessoas mortas em Bagdá. Uma das explosões aconteceu
perto da casa do presidente do
Iraque, Jalal Talabani, e matou
três seguranças.
O carro explodiu sobre uma
ponte que dá acesso a uma área
onde moram Talabani e outros
membros do primeiro escalão do
governo. Por isso havia guardas
no local. O provável alvo do ataque foi um comboio militar americano que passava sobre a ponte.
De acordo com a polícia iraquiana, os atentados foram coordenados, todos visando forças de
segurança norte-americanas ou
iraquianas. Entre os mais de cem
feridos nos ataques de ontem estavam sete militares americanos.
A polícia informou também que
a autoria dos atentados foi reivindicada pelo suposto braço iraquiano da rede terrorista Al Qaeda. As autoridades do Iraque e os
militares dos EUA acreditam que
os atentados que têm sido realizados depois que assumiu o novo
governo do país, em abril, sejam
obra não só da Al Qaeda mas também de extremistas sunitas.
Os sunitas são uma corrente do
islamismo minoritária no Iraque
-a maioria é xiita-, mas estavam no poder durante a ditadura
de Saddam Hussein (1979-2003).
Sobre o chefe da Al Qaeda no
Iraque, Abu Musab al Zarqawi, o
ministro do Interior iraquiano,
Bayan Jabr, afirmou que ele deixou o país há duas semanas. O
motivo da fuga do terrorista foi,
segundo Jabr, o sucesso da Operação Relâmpago, lançada em maio
pelas forças de segurança americanas e iraquianas para impedir
atentados em Bagdá.
Os EUA informaram que dois
marines foram mortos na última
quarta-feira, em ação no oeste do
Iraque.
No campo diplomático, enquanto o primeiro-ministro do
Iraque, Ibrahim al Jaafari, deve
chegar ao Irã hoje, dando início à
primeira visita ao país de um chefe de governo iraquiano em décadas, o Egito retirou de Bagdá os
membros de sua representação
diplomática.
A saída dos diplomatas egípcios
foi motivada pelo assassinato do
chefe da missão no Iraque, Ihab al
Sherif, seqüestrado por insurgentes no dia 2 deste mês.
Com agências internacionais
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