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PORTAS FECHADAS
Badawi faria conferência em Nova York
EUA proíbem o desembarque de teólogo britânico do islamismo
DA REDAÇÃO
Zaki Badawi, consultor do Museu Britânico e um dos mais respeitados teólogos muçulmanos
do Reino Unido, teve seu ingresso
vetado nos Estados Unidos na última quarta-feira. Detido por seis
horas num aeroporto de Nova
York, ele aceitou a alternativa que
lhe foi sugerida de embarcar no
primeiro vôo de volta a Londres.
Ele havia sido convidado para
fazer uma conferência no Chautauqua, um instituto nova-iorquino, sobre a lei e a religião nas sociedades. Nenhuma explicação
oficial foi fornecida para justificar
a proibição de seu desembarque.
Badawi fundou, em 1986, a Universidade Islâmica, instituição de
formação teológica de imãs que
atuam em mesquitas européias e
americanas. Nascido no Egito em
1922, ele se fixou em Londres nos
anos 50 e é cidadão britânico.
É um dos poucos muçulmanos
condecorados como cavaleiro e, a
convite da rainha Elizabeth 2ª,
participou do banquete oferecido
ao presidente George W. Bush em
sua última visita oficial a Londres.
Na semana passada, ele fez parte de um grupo de líderes religiosos -ao lado de integrantes da
hierarquia católica, da anglicana e
da judaica- que condenou em
conjunto os atentados que mataram em Londres mais de 50 pessoas e quatro terroristas.
Segundo a agência Reuters, o
nome de Badawi constava de uma
lista de "indesejáveis" elaborada
pelo FBI, a polícia federal americana, que, no entanto, não confirmou a informação.
Um informante da polícia de
fronteira dos Estados Unidos disse que, ao ser interrogado após
deixar o avião, o teólogo não teria
respondido algumas questões de
forma apropriada. Essas questões, no entanto, não foram tornadas públicas. A Embaixada dos
Estados Unidos em Londres não
quis comentar o incidente.
Não é a primeira vez que um conhecido representante do islamismo britânico tem seu ingresso
nos EUA vetado. Há meses, o
avião que transportava o cantor
Cat Stevens, que passou a se chamar Yusuf Islam depois de sua
conversão, foi obrigado a fazer
um pouso de emergência em Maine quando as autoridades souberam que ele estava a bordo.
O filósofo Tariq Ramadan também teve seu ingresso em solo
americano proibido em 2004.
Com agências internacionais
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