|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
AMÉRICA LATINA
População abandona os planos privados
Empobrecimento dos argentinos sobrecarrega a saúde pública
DE BUENOS AIRES
A crise econômica argentina sobrecarregou o serviço público de
saúde. O empobrecimento da população levou muitos a abandonar planos privados e recorrer aos
serviços gratuitos. O número de
pessoas que contavam com a assistência médica pública no país
subiu de 36,9% para 48,1% da população em uma década.
Os centros de saúde públicos de
Buenos Aires, cidade que tem o
menor número de pessoas sem
planos privados, apenas 30%, por
exemplo, passaram a atender 1,5
milhão de pacientes a mais do que
em 2002.
Segundo a Associação Civil de
Atividades Médicas Integradas
(Acami), quase 20 milhões de argentinos, 55% da população, não
têm planos de saúde privados. Para essas pessoas, os hospitais públicos são a única alternativa de
atendimento, conforme revelou
ontem o jornal "La Nación".
"A persistente crise econômica
e social, com suas seqüelas de empobrecimento e incertezas, causou um impacto no sistema de
saúde argentino, hoje em estado
de emergência sanitária", escreveu em um artigo para o "La Nación" Jorge Daniel Lemus, o diretor do curso de Administração de
Serviços de Saúde da Universidade de Ciências Empresarias e Sociais (UCES).
Em fevereiro, um estudo da
consultoria Equis revelou que havia 14 milhões de argentinos sem
nenhuma assistência médica. O
ministro da Saúde argentino, Ginés Gonzales Garcia, afirma que
todos os cidadãos têm a cobertura
universal do sistema público de
saúde, que possui tecnologia de
ponta. "O serviço público de saúde argentino está preparado para
atender a uma demanda crescente e recebe argentinos e estrangeiros", disse o ministro.(CD)
Texto Anterior: EUA: Bush anuncia hoje corte recorde de tropas no exterior Próximo Texto: Guerra sem limites: Rebeldes e EUA voltam a lutar em Najaf Índice
|