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GUERRA SEM LIMITES
Em Bagdá, insurgentes lançam morteiros perto de conferência que escolherá Legislativo provisório
Rebeldes e EUA voltam a lutar em Najaf
DA REDAÇÃO
Milicianos xiitas travaram duros combates com forças americanas e iraquianas ontem em Najaf, depois do fracasso das negociações para um cessar-fogo nos
confrontos. Em Bagdá, rebeldes
iraquianos lançaram ontem morteiros que atingiram as proximidades do edifício em que líderes
iraquianos se reúnem para escolher uma Assembléia Nacional interina, matando duas pessoas.
O Ministério do Interior iraquiano disse que três morteiros
atingiram um ponto de ônibus e
táxis a poucas centenas de metros
do centro de conferências de Bagdá onde ocorre a convenção para
escolher o Legislativo. Além dos
dois mortos, 17 ficaram feridos.
A conferência, que deve durar
três dias e conta com a participação de 1.300 delegados, não foi
afetada pelo ataque.
Em Najaf, numerosas explosões
atingiram posições dos milicianos
próximas aos lugares sagrados da
cidade, mas não ficou claro se as
forças americanas e iraquianas estavam dando início a um assalto
final contra as tropas do clérigo
Moqtada al Sadr.
Um foguete caiu perto da parede externa da mesquita de Ali,
matando uma pessoa.
O Ministério do Interior disse
que emitiu uma ordem para que a
mesquita não seja atacada, apesar
das suspeitas de que homens de
Al Sadr estejam se abrigando ali.
Um ataque ao lugar mais sagrado
do xiismo poderia provocar indignação entre a população xiita.
Foi o 11º dia de levante em Najaf,
rebelião que já s espalhou para sete outras cidades xiitas no sul e no
centro do Iraque e ameaça minar
a autoridade do primeiro-ministro interino, Iyad Allawi.
Milhares de manifestantes de
outras partes do Iraque vieram
para Najaf e se juntaram a Al Sadr
na mesquita, prometendo atuar
como escudos humanos para evitar um ataque contra o templo.
A polícia ameaçou prender jornalistas que se recusem a cumprir
as ordens de abandonar a cidade.
Apesar de o chefe de polícia de
Najaf ter dito que a medida visava
à segurança dos repórteres, vários
jornalistas afirmam que o propósito é evitar que haja relatos das
operações militares.
Falando na conferência em Bagdá, Allawi disse que o Iraque precisa criar instituições democráticas após décadas de ditadura.
Os 1.300 líderes políticos e religiosos que estão na conferência
deverão escolher um congresso
provisório com cem membros
para supervisionar o governo até
as eleições, previstas para janeiro.
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