São Paulo, domingo, 16 de agosto de 1998

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Leis dificultam atuação da polícia

da enviada especial

Os Estados Unidos contam desde o ano de 1996 com a Lei Antiterrorismo, que estipulou as punições para ações terroristas e tornou ilegais as contribuições para grupos extremistas.
A lei foi aprovada depois de dois dos maiores ataques terroristas já ocorridos no país. O primeiro foi o atentado a bomba contra o World Trade Center (Nova York), em 1993, que deixou seis mortos e US$ 500 milhões em prejuízo.
O segundo foi a explosão de um edifício do governo federal em Oklahoma City, em 1995, que matou 168 pessoas.
No entanto, para que uma organização islâmica norte-americana seja punida, é preciso provar, por exemplo, que suas contribuições são canalizadas diretamente para o Hamas.
Para driblar essa restrição, basta que o Hamas use diversos outros nomes.
Além disso, impera nos Estados Unidos o respeito à liberdade de expressão. "Para que uma dessas organizações seja punida, é preciso que haja provas de sua ligação com um ato terrorista específico. Ela não pode ser punida e nem mesmo investigada apenas por dizer que simpatiza com o terror'', disse Steven Emerson.
Esse cenário faz do país o "local ideal'' para a atuação dessas organizações, segundo o ex-diretor-adjunto do FBI Oliver Revell.
"Os Estados Unidos são o local preferido e mais fácil no mundo para grupos extremistas islâmicos instalarem suas sedes para financiar a guerra em suas terras, desestabilizar e atacar aliados norte-americanos e agir contra os Estados Unidos'', afirmou.(AB)



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