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VENEZUELA
Opositores de Chávez pregam desobediência
DA REDAÇÃO
A facção mais radical da oposição venezuela, chamada de Bloco
Democrático, lançou ontem um
apelo à desobediência civil como
forma de obter, "ainda neste
ano", o afastamento do presidente Hugo Chávez.
Na última sexta-feira o Conselho Nacional Eleitoral rejeitou o
pedido da oposição para a realização de um referendo que poderia
encurtar o tumultuado mandato
do atual presidente da Venezuela.
Os 3 milhões de assinaturas coletados com esse objetivo não foram considerados válidos. Com
isso, os adversários do presidente
perderam provisoriamente o
principal instrumento institucional para atingir seu objetivo.
O Bloco Democrático publicou
anúncio nos principais jornais
com seu apelo e, ao mesmo tempo, fustigou sua rival, a Coordenação Democrática, que, diante
da radicalização, passou a ser vista como mais moderada. Ela reúne os principais partidos e sindicatos de oposição. No anúncio, o
bloco diz que, a partir de agora, a
coordenação não mais representa
todos os opositores e a acusou de
"manipular" e desapontar a opinião pública. Seus fracassos, argumentou, tornavam-se vitórias para o governo.
A coordenação já havia decidido lançar nova campanha para a
coleta de assinaturas e, por meio
delas, mais uma vez, forçar a convocação de um referendo popular. Os oposicionistas mais radicais acham, porém, que a iniciativa pode ser facilmente torpedeada por Chávez, que se fortaleceria
e prosseguiria na tática de ganhar
mais tempo.
Pela desobediência civil os cidadãos teoricamente deixam de
cumprir certos deveres, como o
pagamento de impostos.
A oposição radical reúne alguns
dos militares que, em abril de
2002, tentaram um golpe de Estado contra Chávez.
Com agências internacionais
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