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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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VENEZUELA

Opositores de Chávez pregam desobediência

DA REDAÇÃO

A facção mais radical da oposição venezuela, chamada de Bloco Democrático, lançou ontem um apelo à desobediência civil como forma de obter, "ainda neste ano", o afastamento do presidente Hugo Chávez.
Na última sexta-feira o Conselho Nacional Eleitoral rejeitou o pedido da oposição para a realização de um referendo que poderia encurtar o tumultuado mandato do atual presidente da Venezuela.
Os 3 milhões de assinaturas coletados com esse objetivo não foram considerados válidos. Com isso, os adversários do presidente perderam provisoriamente o principal instrumento institucional para atingir seu objetivo.
O Bloco Democrático publicou anúncio nos principais jornais com seu apelo e, ao mesmo tempo, fustigou sua rival, a Coordenação Democrática, que, diante da radicalização, passou a ser vista como mais moderada. Ela reúne os principais partidos e sindicatos de oposição. No anúncio, o bloco diz que, a partir de agora, a coordenação não mais representa todos os opositores e a acusou de "manipular" e desapontar a opinião pública. Seus fracassos, argumentou, tornavam-se vitórias para o governo.
A coordenação já havia decidido lançar nova campanha para a coleta de assinaturas e, por meio delas, mais uma vez, forçar a convocação de um referendo popular. Os oposicionistas mais radicais acham, porém, que a iniciativa pode ser facilmente torpedeada por Chávez, que se fortaleceria e prosseguiria na tática de ganhar mais tempo.
Pela desobediência civil os cidadãos teoricamente deixam de cumprir certos deveres, como o pagamento de impostos.
A oposição radical reúne alguns dos militares que, em abril de 2002, tentaram um golpe de Estado contra Chávez.


Com agências internacionais


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