São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2008

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Otan cria comissão para reforçar apoio à Geórgia

Mas aliança militar segue dividida e não fixa data de adesão do governo georgiano, envolvido em guerra com Moscou em agosto

DA REDAÇÃO

A Otan (aliança militar ocidental) formalizou ontem em Tbilisi a criação de uma comissão para estreitar os laços com a Geórgia e reforçar o apoio ao país envolvido em uma guerra-relâmpago com a Rússia no mês passado.
Mas o secretário-geral da organização, Jaap de Hoop Scheffer, não fixou data para a adesão da Geórgia e tampouco disse se um plano de integração será oferecido a Tblisi na próxima cúpula, em dezembro.
Após reunião com o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, Scheffer disse que o acordo com Tblisi "aprofundará as relações entre as partes".
No entanto o papel da comissão é vago, o que corrobora a tese defendida por analistas de que a Otan continua dividida sobre a relação com a Geórgia. Os EUA, que protagonizaram a Guerra Fria com a Rússia, lideram o campo dos que querem uma adesão rápida da ex-república soviética, para reforçar sua presença militar na antiga zona de influência russa.
Mas vários países-membros, como França e Alemanha, dependem das importações de gás e petróleo russos e por isso defendem uma abordagem cautelosa com o Kremlin.
A reunião de ontem entre Saakashvili e representantes dos 26 países da Otan estava planejada antes do conflito de seis dias deflagrado em 7 de agosto, quando a Geórgia invadiu a região separatista da Ossétia do Sul -na prática, desde 1992 sob tutela russa dentro de acordos internacionais.
Em resposta, os russos retomaram o território e ocuparam a também rebelde Abkházia. A primeira versão do cessar-fogo, negociado pela União Européia, permitia às tropas russas ocupar na Geórgia uma zona-tampão junto às divisas das duas regiões -o que depois foi revisto para que os russos mantenham soldados apenas dentro da Ossétia e da Abkházia.
Tbilisi divulgou balanço que cita 326 georgianos mortos na guerra. A Rússia acusa a Geórgia de ter matado 1.600 civis nas áreas separatistas.

Com agências internacionais



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