São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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Blair fala em travar guerra em duas frentes

DA REDAÇÃO

O Reino Unido prometeu ontem combater o terrorismo em duas frentes, rechaçando suspeitas de que o sangrento atentado ocorrido em Bali, no último sábado, tivesse transformado a erradicação da rede terrorista Al Qaeda, não a deposição do ditador iraquiano, Saddam Hussein, no maior objetivo dos esforços internacionais contra o terrorismo.
"Algumas pessoas dizem que deveríamos combater somente o terrorismo e que a questão das armas de destruição em massa é apenas uma distração. Rejeito totalmente essas idéias", declarou Blair no Parlamento, repetindo o argumento de seu aliado americano George W. Bush.
"Ambos são ameaças que vêm de pessoas ou Estados que não dão importância aos seres humanos, que não se importam em matar inocentes. Ambos representam o fanatismo que se sobrepõe à moderação", afirmou Blair.
Estima-se que cerca de 30 britânicos possam ter morrido nas explosões ocorridas na ilha indonésia. Só a Austrália teve mais vítimas, porém esses números ainda não são oficiais.
Se as mortes forem confirmadas, o atentado em Bali será o mais grave para os britânicos desde 11 de setembro de 2001, quando 67 britânicos morreram no World Trade Center.
Washington e Londres têm tentado convencer a ONU a aprovar uma dura resolução contra o Iraque. Esta abriria caminho para o uso da força militar contra o regime de Saddam. O Conselho de Segurança da ONU discute o tema hoje, em Nova York.
Hans Blix, chefe dos inspetores da ONU, disse ontem ao Conselho de Segurança que Bagdá ainda não tinha concordado com todas as exigências impostas pela ONU para voltar ao Iraque. Ele reiterou que seus comandados não irão ao Iraque antes que uma nova resolução da ONU seja aprovada.


Com agências internacionais



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