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Mineiros sofrem de esgotamento
DA ENVIADA A COPIAPÓ (CHILE)
Havia algo errado com
Mario Sepúlveda, percebeu-se na entrevista coletiva dos médicos do Hospital
Regional de Copiapó.
Depois de garantir que os
mineiros em geral estavam
em ótimas condições de
saúde, de repente, Jorge
Montes, subdiretor médico,
soltou: "Sepúlveda está
sendo avaliado pela equipe
de saúde mental".
O coordenador dos psicólogos que atuaram no resgate, Alberto Iturra, disse
que os mineiros saíram da
mina "muito esgotados".
"Quando se está esgotado,
a sensibilidade aumenta ao
máximo e as tolerâncias
baixam quase ao mínimo."
O psicólogo, que deu
orientações aos mineiros
sobre como agir face ao assédio da imprensa, disse
que eles "precisam de descanso e adaptação". Era a
senha para pedir aos jornalistas que se mantivesse em
distância "respeitosa" dos
mineiros e de suas famílias.
Os nervos, para alguns,
estão à flor da pele. Já em
casa após ter recebido alta,
Edison Peña, 34, fã de Elvis
Presley e maratonista (chegava a correr 10 km dentro
da mina, para controlar o
estresse), desceu até onde
estavam os jornalistas para
falar de seus medos.
Muito agitado, dizia que
seu futuro é "incerto", que
tem medo de, daqui a três
meses, estar "vendendo doces na praça" e de o governo
não fazer nada para ajudá-lo e a seus companheiros.
"Tenho medo", repetia.
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