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POLÊMICA
Diplomata é acusado de vetar nomes para Itaipu
Embaixador do Brasil é "vice-rei" do Paraguai, acusa líder do Congresso
DA REDAÇÃO
O presidente do Congresso do
Paraguai, Juan Carlos Galaverna,
acusou ontem o governo do presidente Luiz González Macchi de
dar um "cargo de vice-rei" ao embaixador brasileiro em Assunção,
Luiz Augusto de Castro Neves.
Galaverna, que ocupa interinamente a Presidência durante viagem de Macchi à República Dominicana para a 12ª Cúpula Ibero-Americana, disse que o chanceler
José Moreno é responsável por
uma "política internacional claudicante, que pede bendição a um
país estrangeiro". Segundo ele,
Moreno passa "o tempo todo"
consultando Castro Neves.
As afirmações foram uma reação à divulgação pela imprensa,
nesta semana, de conversas gravadas entre dois ministros que indicavam uma pressão de Galaverna para a nomeação de um amigo
seu como conselheiro da usina hidrelétrica binacional de Itaipu.
Num dos diálogos, o ministro
de Obras Públicas e Comunicações, Alcides Jimenez, diz ao secretário-geral da Presidência, Jaime Bestard, que o amigo de Galaverna não seria indicado por ter
sido vetado pelo embaixador brasileiro, por supostas irregularidades anteriores ao ocupar outro
posto na hidrelétrica.
Galaverna já havia acusado anteriormente Castro Neves de ser
"porta-voz" do ex-general golpista Lino Oviedo, exilado no Brasil.
A Folha tentou entrar em contato ontem com Castro Neves,
mas um funcionário da Embaixada do Brasil em Assunção, que estava fechada ontem por causa do
feriado, disse que ele estava no
Rio de Janeiro, incomunicável.
Com agências internacionais
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