DA ASSOCIATED PRESS

A possibilidade de optar entre um veterano defensor da democracia e um nacionalista ferrenho pode não ser motivação bastante para levar os sérvios às urnas hoje em número suficiente para eleger um presidente.
Não se trata de uma possibilidade abstrata: é a terceira eleição neste ano na qual se procura escolher o primeiro presidente democraticamente eleito da Sérvia.
As duas eleições depois da queda do ex-ditador Slobodan Milosevic fracassaram porque o índice de participação dos eleitores não chegou ao mínimo de 50%.
Sondagens de opinião indicam que a eleição pode fracassar, mais uma vez, em razão da apatia generalizada e do boicote proposto pela oposição. A inflação, a divulgação de casos de corrupção no governo e a troca de injúrias entre as lideranças antes unidas contra Milosevic deixaram muitos sérvios desiludidos.
O pleito opõe o veterano político democrata Dragoljub Micunovic, 73, a Tomislav Nikolic, do ultranacionalista Partido Radical sérvio. Há quatro outros candidatos menores.
Caso exista um vencedor, ele irá ocupar o cargo vago desde janeiro, quando Milan Milutinovic, aliado de Milosevic e que aguarda julgamento pelo tribunal de crimes de guerra da ONU, concluiu seu mandato.


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