São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Exército discute apoio de Obama à Índia

DE SÃO PAULO

Em reunião na semana passada, comandantes de alto escalão do Exército brasileiro discutiram o apoio dos EUA à Índia para uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
A Folha apurou que, na avaliação dos comandantes, o objetivo dos EUA, de fato, é formar uma aliança com um país cuja capacidade militar poderia se contrapor à da China no sul da Ásia.
A China investe cerca de 2% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em questões militares e tem forças armadas mais numerosas e equipadas do que a Índia.
O arsenal chinês conta com 186 mísseis nucleares ativos e um número desconhecido de ogivas de reserva, além de um efetivo estimado em 2,1 milhões de combatentes, segundo relatório do CSIS (sigla do Centro para Estudos Estratégicos Internacionais, sediado nos EUA).
O arsenal convencional tem mais de 17 mil peças de artilharia, 7.500 tanques, três submarinos nucleares e quase 1.400 caças.
A Folha apurou que o apoio americano à Índia não gerou grandes preocupações entre os generais brasileiros.
Apesar do Itamaraty ter considerado o apoio positivo -por abrir as portas de uma reforma no conselho-, os generais identificaram um recado implícito ao Brasil.
Obama criticou a Índia por não intervir em questões de desrespeito a direitos humanos em Mianmar. O recado seria sobre o Brasil não criticar violações de direitos humanos no Irã.0 (LK)


Texto Anterior: Armas são chave para conselho da ONU
Próximo Texto: Relatório revela que agentes dos EUA ajudaram ex-nazistas
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.