São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Mulher que diz ser Sakineh admite na TV que é "pecadora"

Vídeo mostra homem que se diz filho de iraniana condenada a morrer apedrejada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A TV estatal iraniana veiculou ontem uma declaração supostamente feita por Sakineh Mohamadi Ashtiani, sentenciada à morte por apedrejamento, na qual ela reconhece ser uma "pecadora".
Trata-se da terceira vez que um suposto vídeo da iraniana é tornado público.
Em agosto, uma mulher dizendo ser Sakineh confessou ser cúmplice do assassinato de seu marido. No mês seguinte, outro vídeo mostrava uma mulher negando que tenha sido chicoteada ou torturada na prisão.
O vídeo transmitido ontem mostrou ainda comentários supostamente de Sajjad Qaderzadeh, filho de Sakineh, de seu advogado, Houtan Kian, e de dois jornalista alemães presos por tentar entrevistar familiares da iraniana.
O filho e o advogado estão também detidos.
O suposto Qaderzadeh diz que mentiu sobre sua mãe ter sido torturada.
Os rostos dos três iranianos estavam desfocados, mas as faces dos alemães foram mostradas claramente.
Sakineh, 43, foi condenada em 2006 por ter uma "relação ilícita" com dois homens após a morte do marido, e sentenciada a 99 chicotadas.
No mesmo ano, também foi condenada por adultério e sentenciada à morte por apedrejamento. A sentença foi suspensa -mas não cancelada- e está sendo revisada pela Suprema Corte do Irã.
O caso gerou condenação mundial ao sistema judiciário do Irã, que ainda inclui apedrejamento, e onda de protestos por sua libertação.


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