|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TERRORISMO
Maioria dos mortos é civil
Suicidas matam pelo menos 26 no Afeganistão
DA REUTERS
Dois ataques suicidas no Afeganistão deixaram ontem ao menos
26 pessoas mortas. Os dois atentados foram reivindicados pelo grupo extremista islâmico Taleban.
A maioria dos mortos -pelo
menos 20- foi vítima de um
atentado na cidade de Spin Boldak, na fronteira com o Paquistão. Um homem-bomba em uma
motocicleta se explodiu após entrar com o veículo em uma área
de lazer em que centenas de pessoas estavam reunidas, participando de um evento.
De acordo com a agência de notícias Afghan Islamic Press, as
pessoas assistiam a um torneio de
luta livre no momento do ataque.
Cerca de 20 ficaram feridas.
"O suicida conduziu sua moto
até o meio da multidão e se explodiu", contou Abdul Wasi Alekozai, chefe de polícia de Spin Boldak. "A intenção desse ataque foi
criar uma sensação de medo e insegurança", completou.
Antes disso, em Candahar, um
outro homem-bomba atacou, explodindo-se diante de um veículo
do Exército afegão. No atentado,
morreram três soldados afegãos e
dois civis. Ficaram feridos outros
quatro militares e dez civis.
Os atentados de ontem seguiram-se a um outro atentado, realizado no domingo, quando um
ataque a um comboio militar canadense, também em Candahar,
matou um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do
Canadá, Glyn Berry, 59, e dois afegãos.
Nos últimos meses, o Taleban
tem promovido uma série de ataques suicidas no Afeganistão. Seu
alvo principal eram, até esses
atentados dos últimos dias, as tropas americanas e da Otan (aliança
militar ocidental). De acordo com
especialistas em segurança, o Taleban aumentou a escala dos ataques ao observar o que a Al Qaeda
tem feito no Iraque, onde há atentados quase que diários.
O saldo e mortos de ontem foi o
pior em um dia já provocado por
ataques suicidas desde que as forças dos EUA derrubaram o regime do Taleban, no fim de 2001.
Texto Anterior: Iraque: Helicóptero americano é derrubado e 2 morrem Próximo Texto: América Latina: Bachelet vê Alca e Mercosul "compatíveis" Índice
|