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ISRAEL
Rachel Corrie, 23, tentava impedir destruição de casa na faixa de Gaza
Trator de Israel atropela americana
DA REDAÇÃO
A universitária americana Rachel Corrie, 23, morreu atropelada por uma escavadeira israelense
quando tentava impedir a destruição de uma casa palestina na
faixa de Gaza. Um palestino também foi morto no incidente.
Com isso, a estudante se tornou
a primeira manifestante estrangeira a morrer nos 29 meses de Intifada (levante palestino contra a
ocupação israelense).
Corrie integrava o grupo Movimento de Solidariedade Internacional, que apóia os palestinos e
prega métodos pacíficos de protesto. Uma das principais ações
do grupo é a de tentar evitar a destruição de casas colocando ativistas na frente das escavadeiras israelenses. O Exército de Israel tem
como política destruir as habitações de palestinos envolvidos em
ataques terroristas.
Segundo testemunhas, a americana havia se postado diante de
uma escavadeira e acabou caindo.
Apesar das tentativas de alertar o
motorista, a escavadeira não parou. O Exército israelense disse
que a morte foi "um acidente".
"É um lamentável acidente",
disse o capitão Jacob Dallal, porta-voz do Exército. "Estamos lidando com um grupo de manifestantes que está agindo de maneira
irresponsável, colocando todos
em perigo."
Com ela estavam outros quatro
americanos e quatro britânicos,
que sofreram ferimentos leves.
Estudante do Evergreen State
College, em Olympia, Estado de
Washington (Costa Oeste dos
EUA), Corrie havia descrito, em
um e-mail ao Movimento de Solidariedade Internacional, um outro confronto com uma escavadeira, no dia 14 de fevereiro: "Os
"internacionais" [estrangeiros que
participam dos protestos" ficaram no caminho da escavadeira e
foram fisicamente empurrados
para trás pela pá".
O Departamento de Estado dos
EUA disse que "lamenta muito a
trágica morte de Rachel Correi" e
pediu uma investigação sobre o
assunto. Porém o governo americano se negou a condenar o incidente até que a investigação esteja
completa.
Com agências internacionais
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