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Ataque a Londres é "inevitável", diz polícia
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES
O chefe da polícia de Londres,
sir John Stevens, disse ontem que
um ataque à capital britânica é nada menos que "inevitável".
O prefeito da cidade, Ken Livingstone, que estava a seu lado,
disse que seria "milagroso", se
Londres escapasse de um ataque.
Na véspera, David Blunkett, ministro do Interior e responsável
pela segurança interna, cometera
uma contradição em termos ao
dizer ao público britânico para
que ficasse alerta, mas não "alarmado", para acrescentar que era
"bastante provável" que um ataque ao Reino Unido estivesse sendo planejado no momento.
A seqüência de declarações alarmistas é reflexo do pânico que se
apoderou da Europa depois dos
atentados de Madri.
Como era previsível, os sistemas
de transporte passaram a ser especialmente cuidados, pelo menos em Londres. Policiais em roupas civis estão dando batidas no
metrô, embora as autoridades jurem que tudo estava planejado
antes e, portanto, não é conseqüência dos ataques em Madri.
Antes desses atentados já havia
começado uma campanha de
propaganda, no valor de 100 mil
libras esterlinas (algo como R$
600 mil). É o custo de cartazes que
pedem aos passageiros do metrô
que vigiem pessoas que deixam
bagagens abandonadas.
Até agora, não foi preso nenhum terrorista, mas quatro estações foram fechadas, só ontem,
por causa de falsos alarmes.
A polícia teme que não apenas o
transporte terrestre seja o alvo.
"Londres tem certas vulnerabilidades, e uma delas certamente é o
rio", diz o comissário John Stevens, referindo-se ao Tâmisa, o
rio que corta a cidade.
O chefe da polícia diz que conta
com barcos de resposta rápida para a hipótese de um atentado.
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