São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2004

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Ataque a Londres é "inevitável", diz polícia

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

O chefe da polícia de Londres, sir John Stevens, disse ontem que um ataque à capital britânica é nada menos que "inevitável".
O prefeito da cidade, Ken Livingstone, que estava a seu lado, disse que seria "milagroso", se Londres escapasse de um ataque.
Na véspera, David Blunkett, ministro do Interior e responsável pela segurança interna, cometera uma contradição em termos ao dizer ao público britânico para que ficasse alerta, mas não "alarmado", para acrescentar que era "bastante provável" que um ataque ao Reino Unido estivesse sendo planejado no momento.
A seqüência de declarações alarmistas é reflexo do pânico que se apoderou da Europa depois dos atentados de Madri.
Como era previsível, os sistemas de transporte passaram a ser especialmente cuidados, pelo menos em Londres. Policiais em roupas civis estão dando batidas no metrô, embora as autoridades jurem que tudo estava planejado antes e, portanto, não é conseqüência dos ataques em Madri.
Antes desses atentados já havia começado uma campanha de propaganda, no valor de 100 mil libras esterlinas (algo como R$ 600 mil). É o custo de cartazes que pedem aos passageiros do metrô que vigiem pessoas que deixam bagagens abandonadas.
Até agora, não foi preso nenhum terrorista, mas quatro estações foram fechadas, só ontem, por causa de falsos alarmes.
A polícia teme que não apenas o transporte terrestre seja o alvo. "Londres tem certas vulnerabilidades, e uma delas certamente é o rio", diz o comissário John Stevens, referindo-se ao Tâmisa, o rio que corta a cidade.
O chefe da polícia diz que conta com barcos de resposta rápida para a hipótese de um atentado.


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