São Paulo, segunda-feira, 17 de abril de 2000


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ITÁLIA
Coalizão do premiê Massimo D'Alema conquista 6 dos 15 governos regionais
Resultado inicial favorece esquerda

das agências internacionais

Os primeiros resultados das eleições regionais italianas indicavam ontem à noite que a coalizão de centro-esquerda, atualmente no poder, conseguiu eleger, já no primeiro turno, 6 dos 15 presidentes de Província que o eleitorado escolhia pela primeira vez pelo voto direto.
Embora as tendências não fossem ainda muito nítidas por volta das 19h15 (hora de Brasília), a apuração e as previsões do Instituto Abacus, contratado por um dos canais da televisão, estimavam que a oposição de centro-direita, liderada pelo ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, elegeria quatro dos presidentes.
Em seis outras regiões os resultados não permitiam previsões ou indicavam que haveria necessidade de um segundo turno.
Os partidos de centro-esquerda, entre os quais o mais forte é o PDS (ex-comunista), do primeiro-ministro Massimo D'Alema, controlava nove das 15 regiões.
O Ministério do Interior indicava, pouco antes do fechamento das urnas, que haviam comparecido menos de 60% dos 43,5 milhões de eleitores.
A abstenção foi maior que os 30% registrados em abril último, quando da eleição para o Parlamento Europeu.
A coalizão governista e a oposição procuraram se testar eleitoralmente e deram ao pleito regional um caráter plebiscitário.
Pela primeira vez os eleitores não escolheriam apenas seus deputados regionais. Votariam nos candidatos a presidente das Províncias, dando-lhes um poder administrativo e político maior que o exercido pelos atuais presidentes, equivalentes aproximados dos governadores brasileiros.

Campanha
Outra novidade esteve nas novas regras de campanha, que restringiram os anúncios pagos na mídia e favoreceram debates pela televisão, que chegaram frequentemente à troca de insultos. "Foi uma das campanhas mais desagradáveis que já presenciei em minha carreira", disse o primeiro-ministro D'Alema.
As eleições regionais foram também o pretexto encontrado por um grupo de 30 manifestantes em Conturbia, nas imediações de Milão, ao norte do país, para protestar contra o ruído das turbinas de aviões na vizinhança do aeroporto de Malpensa.
Eles decidiram votar vestidos apenas com roupas íntimas. Homens de cuecas e mulheres de calcinha e sutiã chegaram a provocar um início de tumulto no local de votação, mas foram autorizados a votar normalmente pelos fiscais eleitorais.


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